- Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, teve novas dúvidas sobre as provas contra ele em processo sobre suposta trama golpista.
- O Customs and Border Protection (CBP) dos Estados Unidos desmentiu a versão da Justiça brasileira sobre uma viagem de Martins ao país, que teria embasado a prisão preventiva de seis meses.
- No Brasil, registros de entrada no Palácio da Alvorada apresentaram grafias incorretas e correções, levando a questionamentos sobre a validade das provas.
- A Procuradoria-Geral da República (PGR) usou esses registros para sustentar a participação de Martins em reuniões golpistas em dezembro de 2022, mas a credibilidade das provas está sendo contestada.
- Defensores argumentam que as provas são imprestáveis e obtidas de forma irregular, enquanto críticas a vícios processuais graves ganham destaque em ações no Congresso e no âmbito judicial.
O caso de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, ganhou novos contornos após a contestação de provas utilizadas contra ele em um processo que investiga uma alegada trama golpista. Recentemente, o Customs and Border Protection (CBP) dos Estados Unidos desmentiu a versão da Justiça brasileira sobre uma suposta viagem de Martins ao país, que foi um dos fundamentos para sua prisão preventiva de seis meses.
No Brasil, surgiram inconsistências em registros de entrada no Palácio da Alvorada que foram apresentados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Esses documentos contêm grafias incorretas e correções, levantando dúvidas sobre sua validade. A PGR usou esses registros para alegar que Martins participou de reuniões golpistas em dezembro de 2022, mas a credibilidade dessas provas está sendo questionada.
Fragilidade das Provas
As revelações recentes enfraquecem as alegações da Justiça, que incluem o risco de fuga e a suposta participação de Martins em um golpe de Estado. O advogado Ricardo Scheiffer, responsável pela defesa de Martins, argumenta que as provas são imprestáveis, ou seja, obtidas de forma irregular e sem os requisitos legais necessários.
A jurista Katia Magalhães também critica a validade dos documentos, apontando vícios processuais graves. Durante uma sessão no Senado, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) pediu a absolvição imediata de Martins, afirmando que as medidas cautelares impostas são injustas e devem ser revogadas.
A continuidade do caso levanta questões sobre a legitimidade das provas e a condução do processo, enquanto Martins permanece sob severas restrições legais.