- Hugo Motta apresentou requerimento de urgência para a criação de uma bancada cristã, com o objetivo de unir as frentes católica e evangélica, lideradas por parlamentares do PSD, para influenciar pautas na Câmara.
- Se aprovada, a bancada terá um líder com direito a voto no Colégio de Líderes; Gilberto Nascimento (SP), da frente evangélica, assume a liderança inicial, com alternância anual entre católicos e evangélicos.
- O líder da bancada terá acesso à Mesa Diretora, poderá negociar tempo de fala nas sessões e participar de reuniões com o governo; a bancada também pode indicar representantes em comissões.
- A discussão ocorre em meio aos debates sobre a reforma do Código Civil, que tramita no Senado e pode impactar temas ligados à família, gerando preocupações entre grupos religiosos.
- O movimento busca consolidar uma frente unificada para influenciar decisões legislativas e políticas públicas relacionadas às famílias.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), apresentou nesta quarta-feira, 22 de outubro, um requerimento de urgência para a criação de uma bancada cristã. Essa iniciativa visa unir as frentes católica e evangélica, lideradas por parlamentares do PSD, e garantir a influência da nova bancada nas definições de pautas na Casa.
A proposta, se aprovada, permitirá que a bancada tenha um líder, que terá direito a voto no Colégio de Líderes, responsável por decidir quais projetos serão discutidos em plenário. O deputado Gilberto Nascimento (SP), da frente evangélica, assumirá inicialmente a liderança, com um compromisso de alternância anual entre os líderes católicos e evangélicos.
Poderes da Nova Bancada
Além do direito a voto, o líder da nova bancada terá acesso à Mesa Diretora, possibilitando negociações diretas com o presidente da Câmara. O cargo também permite a negociação de tempo de fala nas sessões e participação em reuniões com o governo. A bancada poderá ainda indicar representantes em comissões, aumentando sua influência nas discussões legislativas.
A articulação para a criação da bancada ocorre em um contexto de debates sobre a reforma do Código Civil, que tem gerado preocupações entre grupos religiosos. Embora o projeto esteja em tramitação no Senado, ele deve passar pela Câmara, e as propostas de alteração na concepção de família levantam alertas sobre a necessidade de uma maior representatividade e voz dos líderes religiosos nas discussões.
O movimento para a formação da bancada cristã reflete uma estratégia dos parlamentares para consolidar uma frente unificada que possa exercer um papel significativo nas decisões legislativas e influenciar o futuro das políticas públicas relacionadas às famílias.