- Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), enfrenta pedido de prisão preventiva apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG) após o seu silêncio na CPMI do INSS sobre esquema de biometria fraudulento e descontos indevidos em benefícios.
- Investigações da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) apontam faturamento da ABCB na casa de aproximadamente R$ 700 milhões entre 2022 e 2024, com 96,9% dos aposentados afirmando não ter autorizado os débitos.
- Correia sustenta que a liberdade de Gomes representa risco à ordem pública, devido ao poder econômico e à influência política, o que poderia comprometer o andamento das apurações.
- Gomes integra o grupo conhecido como “jovens ricaços”, ligado à Associação de Amparo Social ao Aposentado e Pensionista (AASAP), com movimentações financeiras irregularidades e aquisição de bens de luxo, incluindo uma frota de veículos de alto valor como Ferrari, BMWs e Porsches.
- Na CPMI, Gomes permaneceu em silêncio também sobre doações de R$ 60 mil ao ex-ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni; habeas corpus concedido pelo ministro Dias Toffoli permitiu a não resposta, e novos depoimentos devem ocorrer nos próximos dias.
Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), enfrenta um pedido de prisão preventiva protocolado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG). O requerimento foi motivado pelo silêncio de Gomes durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, onde ele se recusou a prestar esclarecimentos sobre investigações que apontam para um esquema fraudulento de biometria e descontos indevidos em benefícios previdenciários.
As investigações da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelam que a ABCB faturou aproximadamente R$ 700 milhões entre 2022 e 2024, com 96,9% dos aposentados afirmando não ter autorizado os débitos. O deputado Correia destacou que a liberdade de Gomes representa um risco à ordem pública, dado seu poder econômico e influência política, o que poderia comprometer o andamento das investigações.
Contexto das Investigações
Felipe Macedo Gomes é parte de um grupo conhecido como “jovens ricaços”, que inclui outras entidades sob investigação, como a Associação de Amparo Social ao Aposentado e Pensionista (AASAP). Juntas, essas organizações foram responsáveis por movimentações financeiras irregulares que levantaram suspeitas sobre a aquisição de bens de luxo. A PF identificou uma frota de veículos de alto valor, incluindo uma Ferrari e várias BMWs e Porsches, todos registrados em nome dos envolvidos.
Durante sua aparição na CPMI, Gomes permaneceu em silêncio, mesmo quando questionado sobre doações feitas ao ex-ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, que totalizaram R$ 60 mil. O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), também indicou que apresentará um pedido de prisão preventiva na próxima reunião, destacando a gravidade das acusações.
O habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, permitiu que Gomes não respondesse às perguntas, o que gerou desconforto entre os membros da comissão. A continuidade das investigações é fundamental, e novos depoimentos estão agendados para os próximos dias, incluindo de ex-integrantes do INSS que podem esclarecer o esquema.