- A prefeitura de Ilhabela cancelou a mesa sobre literatura negra que ocorreria na Feira Literária e de Aventura, prevista para a noite de 22 de outubro, conduzida por Rosângela Sebastião, idealizadora do Coletivo Pretas Ilhabela.
- A mesa, intitulada “Escurecendo a Escrevivência através da Literatura”, contaria com escritores periféricos da região.
- Rosângela soube do cancelamento apenas seis dias antes do evento, sem explicações; em entrevista, disse: “Apenas foi dito que a minha mesa estava cancelada. Será que eu incomodo tanto assim?”.
- Coletivos negros divulgaram nota de repúdio, classificando a decisão como apagamento simbólico e político das vozes negras, ressaltando que a literatura negra é espaço de resistência.
- A substituição ocorreu por uma roda de conversa na Tenda dos Povos com Noemi Petarnella e Eloiza Lourenço dos Santos; o secretário de Cultura, Marcos Batista, defendeu a mudança para ampliar a diversidade cultural, enquanto a gestão do prefeito Toninho Colluci (PL) afirmou que a nova programação visa integrar iniciativas de forma equitativa e respeitosa.
A prefeitura de Ilhabela, no litoral de São Paulo, cancelou uma mesa sobre literatura negra que aconteceria na Feira Literária e de Aventura. O evento estava programado para a noite de 22 de outubro e seria conduzido pela escritora Rosângela Sebastião, idealizadora do Coletivo Pretas Ilhabela. A mesa, intitulada “Escurecendo a Escrevivência através da Literatura”, também contaria com a participação de escritores periféricos da região.
Rosângela tomou conhecimento do cancelamento apenas seis dias antes da data, sem explicações claras sobre os motivos. Em entrevista, expressou sua indignação: “Apenas foi dito que a minha mesa estava cancelada. Será que eu incomodo tanto assim?”. A mesa tinha como objetivo discutir as vivências negras por meio da arte e da literatura, um espaço considerado essencial para a expressão de suas dores e histórias.
Reação dos Coletivos
O cancelamento gerou forte reação de coletivos negros, que emitiram uma nota de repúdio. Eles classificaram a decisão como “um ato de apagamento simbólico e político das vozes negras”. O documento ressaltou que a literatura negra é um espaço de resistência e sua exclusão de eventos literários representa um retrocesso inaceitável.
A prefeitura informou que a mesa foi substituída por uma roda de conversa na Tenda dos Povos, com a participação de Noemi Petarnella e Eloiza Lourenço dos Santos. O secretário de Cultura, Marcos Batista, defendeu a mudança, alegando que o novo espaço foi criado para dar visibilidade à diversidade cultural da região. A gestão do prefeito Toninho Colluci (PL) afirmou que a nova programação buscaria integrar todas as iniciativas de forma equitativa e respeitosa.