- Rosângela da Silva, conhecida como Janja, não participará da 69ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher da ONU, em Nova York; a delegação será liderada pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, com cerca de 150 participantes.
- A decisão ocorre em meio à queda de popularidade do governo Lula e de Janja, com críticas e o “Pacote Anti-Janja” da oposição.
- A assessoria vê a desistência como forma de evitar constrangimentos políticos, especialmente diante da possibilidade de demissão da ministra após o evento; bastidores indicam que Janja busca se resguardar de manifestações.
- A pesquisa recente mostra que 58% dos brasileiros têm imagem negativa de Janja, alta de 18 pontos percentuais, e a oposição protocolou pedidos de informação sobre as atividades da primeira-dama desde o início do governo.
- Desde início de dois mil e vinte e três, Janja visitou vinte e quatro países; em fevereiro, viagem à Itália gerou custo estimado de R$ 140 mil, e a posição já teve críticas anteriores, como declaração irônica sobre Elon Musk no G20 Social.
A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, decidiu não participar da 69ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher da ONU, que ocorre em Nova York. A desistência foi anunciada nesta semana e ocorre em meio a uma queda significativa na popularidade do governo Lula e da própria Janja, que enfrenta críticas e um “Pacote Anti-Janja” da oposição.
A delegação brasileira, que contaria com cerca de 150 participantes, será liderada pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. A decisão de Janja é vista como uma tentativa de evitar possíveis constrangimentos políticos, especialmente diante da possibilidade de demissão da ministra após o evento. Informações de bastidores sugerem que, ao não viajar, Janja busca se resguardar de eventuais manifestações que poderiam ocorrer em sua presença.
Queda de Popularidade
Recentemente, uma pesquisa revelou que 58% dos brasileiros possuem uma imagem negativa da primeira-dama, um aumento de 18 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior. Esse cenário se agrava com a ação da oposição, que protocolou um conjunto de pedidos de informação sobre as atividades de Janja desde o início do governo. O movimento, denominado “Pacote Anti-Janja”, busca esclarecer a legalidade de suas representações internacionais e os gastos envolvidos.
Viagens e Controvérsias
Desde o início de 2023, Janja já visitou 24 países, acompanhando o presidente ou representando o Brasil em eventos oficiais. Em fevereiro, uma de suas viagens à Itália gerou um custo estimado em R$ 140 mil. Além disso, Janja já se envolveu em polêmicas, como quando fez uma declaração irônica sobre Elon Musk durante um painel no G20 Social, o que gerou repercussão negativa.
A desistência de Janja em participar do evento da ONU reflete não apenas a atual crise política, mas também a estratégia do governo para evitar maiores constrangimentos em um ambiente já tenso. A expectativa agora recai sobre a atuação da ministra Cida Gonçalves e a delegação brasileira em Nova York.