- O presidente Lula busca reconquistar apoio dos evangélicos para fortalecer sua base política; anúncio de possível indicação de Jorge Messias ao STF deve ocorrer na próxima semana, após retorno à Indonésia e à Malásia.
- Jorge Messias, atual advogado-geral da União e membro da Igreja Batista Cristã de Brasília, é avaliado para ocupar o STF.
- Lula já se reuniu com lideranças evangélicas, incluindo o bispo Samuel Ferreira, que se declarou favorável à indicação no Senado.
- Pesquisas mostram desaprovação de 61% entre evangélicos e 35% de aprovação ao governo, o que sustenta a aposta em Messias para reverter o cenário.
- A primeira-dama Janja da Silva tem realizado ações com mulheres evangélicas em Caruaru e Brasília, discutindo políticas públicas e a importância do papel das mulheres nas comunidades; Lula afirmou, em congresso do PCdoB, que é necessário melhorar a comunicação com os evangélicos e reconectar-se ao segmento.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca uma reaproximação com o eleitorado evangélico, visando fortalecer seu apoio político. A indicação de Jorge Messias, atual advogado-geral da União e membro da Igreja Batista Cristã de Brasília, para o Supremo Tribunal Federal (STF) é um dos principais passos nessa estratégia. O anúncio oficial deve ocorrer na próxima semana, após a volta de Lula de compromissos na Indonésia e Malásia.
Recentemente, Lula se reuniu com líderes evangélicos, incluindo o bispo Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus Madureira. Durante o encontro, Ferreira se comprometeu a apoiar a indicação de Messias no Senado. As pesquisas mostram que a desaprovação do governo entre os evangélicos é alta, com 61% de desaprovação e apenas 35% de aprovação. Assim, a escolha de Messias é vista como uma tentativa de reverter esse cenário.
Reuniões e Diálogo
Além da escolha de Messias, a primeira-dama Janja da Silva tem se engajado em ações com mulheres evangélicas, promovendo encontros em diversas cidades, como Caruaru e Brasília. Esses eventos têm como foco discutir políticas públicas e a importância do papel das mulheres nas comunidades religiosas. Janja destacou a relevância da escuta e troca de experiências nesses encontros.
Lula, em um congresso do PCdoB, reconheceu que a esquerda precisa melhorar sua comunicação com os evangélicos. Ele afirmou que o erro está na falta de diálogo, e que é essencial reconectar-se com esse segmento da população. O governo e o PT estão determinados a construir novas relações e fortalecer laços com a base religiosa, especialmente a um ano das eleições.