- Paulinho da Força manifestou arrependimento por ter aceitado a relatoria do projeto de anistia aos golpistas de oito de janeiro de 2023, em entrevista ao UOL.
- Designado relator em dezoito de setembro, ele afirmou que a função foi mais desgastante do que esperava, enfrentando fogo cruzado político e dizendo que, hoje, não aceitaria novamente.
- Mesmo com o texto pronto, não conseguiu apresentar o relatório devido a impasses entre direita e esquerda que atrasaram a tramitação.
- Críticas de setores bolsonaristas o acusaram de se alinhar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal; para contornar a resistência, ele mudou o nome do projeto para “PL da dosimetria”, propondo revisão das penas, sem perdão integral.
- O desgaste político foi significativo, gerando frustração e críticas de ambos os lados, e evidenciando as profundas divisões no cenário político brasileiro.
O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) manifestou arrependimento por ter aceitado a relatoria do projeto de anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em entrevista ao UOL, ele revelou que a experiência foi mais desgastante do que previa, enfrentando um intenso fogo cruzado político. “Hoje, eu não aceitaria”, afirmou.
Designado relator em 18 de setembro, Paulinho tinha a expectativa de facilitar o debate sobre a punição dos envolvidos na tentativa de golpe. Contudo, a falta de consenso entre a direita e a esquerda travou o avanço da proposta. Apesar de ter o texto pronto, o deputado não conseguiu apresentar o relatório devido a impasses políticos.
Desgaste Político
A situação se complicou ainda mais com as críticas de setores bolsonaristas, que acusaram Paulinho de se alinhar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Para tentar contornar as resistências, ele alterou o nome do projeto para “PL da dosimetria”, propondo uma revisão das penas, mas sem perdão integral.
O desgaste político foi significativo, resultando em frustração para o deputado. Paulinho relatou que, em vez do prestígio esperado, encontrou exaustão e críticas de ambos os lados. “Ouço críticas de todos os lados e não consigo avançar”, lamentou.
O impasse em torno do projeto de anistia continua, refletindo as divisões profundas no cenário político brasileiro. A relatoria, que deveria ser uma oportunidade de diálogo, se transformou em um campo de batalha entre diferentes ideologias, evidenciando a complexidade da política atual.