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Ex-procurador nega fraudes na CPMI e silencia sobre pressões

Ex-procurador-geral do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nega irregularidades, silencia em perguntas e admite acréscimo patrimonial de 18 milhões em cinco anos na CPMI

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
O ex-procurador-geral do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, em depoimento à CPMI. Foto: Carlos Moura/Agência Senado
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  • Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho depôs à CPMI nesta quinta-feira, 23, negando envolvimento em fraudes ligadas a descontos de aposentadorias e pensões, e foi afastado do cargo em abril após operação da Polícia Federal.
  • O ex-procurador-geral do INSS foi evasivo em perguntas que poderiam incriminá-lo, reconhecendo apenas parte dos questionamentos e destacando um aumento patrimonial de R$ 18 milhões em cinco anos.
  • Ele chamou de questionamentos sobre aquisições de bens de luxo como motivo de cautela, e o relator da CPMI, deputado Alberto Gaspar, manifestou estranheza com o crescimento patrimonial em um servidor público.
  • Virgílio Filho afirmou que não é indiciado ou réu e evitou explicar a origem de seus bens, mantendo silêncio sobre contatos com suspeitos de irregularidades, como Maurício Camisotti e Carlos Camilo Antunes.
  • A participação da esposa, Thaisa Hoffmann Jonasson, também foi ouvida e ela optou por permanecer em silêncio; senadores trataram o caso como grave e a reunião, que durou mais de 12 horas, reforçou a necessidade de investigação.

O ex-procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, depôs nesta quinta-feira, 23, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre irregularidades na autarquia. Ele negou qualquer envolvimento em fraudes relacionadas a descontos de aposentadorias e pensões, embora tenha sido afastado em abril após uma operação da Polícia Federal.

Durante o depoimento, Virgílio Filho silenciou sobre perguntas que poderiam incriminá-lo e reconheceu apenas parte dos questionamentos. Ele destacou um aumento patrimonial de R$ 18 milhões em cinco anos, levantando suspeitas sobre aquisições de bens de luxo. O relator da comissão, deputado Alberto Gaspar (União-AL), expressou estranheza em relação a esse crescimento, especialmente em um servidor público.

Patrimônio e Controvérsias

O ex-procurador afirmou que não é indiciado ou réu e criticou o que chamou de pré-julgamento por parte de alguns parlamentares. Ao ser questionado sobre seu patrimônio, Virgílio Filho ficou em silêncio sobre a origem de seus bens e contatos com pessoas envolvidas nas investigações. Ele negou conhecer o empresário Maurício Camisotti e não respondeu sobre sua relação com Carlos Camilo Antunes, ambos suspeitos de irregularidades.

O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) trouxe à tona documentos que indicam que Virgílio liberou acordos de cooperação técnica que permitiram a entidades arrecadarem milhões sem autorização dos aposentados. O ex-procurador argumentou que sua atuação sempre foi técnica e sem motivações políticas.

Reações e Implicações

Os senadores expressaram preocupações sobre a vida “nababesca” de Virgílio Filho em contraste com a realidade de aposentados que sofreram com os descontos indevidos. O senador Magno Malta (PL-ES) chegou a sugerir a prisão do depoente, enquanto outros membros da CPMI ressaltaram a gravidade das acusações e a necessidade de investigar mais a fundo o esquema de corrupção.

A CPMI também ouviu a esposa de Virgílio, Thaisa Hoffmann Jonasson, que optou por permanecer em silêncio. Há suspeitas de que ela tenha sido usada como “laranja” em um esquema de desvio de recursos. A reunião da CPMI durou mais de 12 horas, refletindo a complexidade e a seriedade das questões levantadas.

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