- Geraldo Alckmin intensificou críticas à oposição, mirando Tarcísio de Freitas e Eduardo Bolsonaro, após desaprovação ao tarifaço de 50% imposto por Donald Trump, que, segundo ele, prejudica a indústria brasileira.
- As falas ocorrem após reunião entre Lula da Silva e Trump na Malásia para avançar negociações Brasil-EUA; Alckmin disse que a indústria paulista é a mais afetada pela sobretaxa e que a exportação de produtos de maior valor agregado aos EUA é crucial.
- Ele citou a carga tributária nacional, de 33,5% do PIB, como entrave à competitividade do Brasil, comparando com 22% da China, 20% da Índia e 17% do México; mencionou que Eduardo Bolsonaro atua contra interesses nacionais.
- Apesar das críticas, Alckmin mostrou otimismo com o andamento das negociações, que devem tratar de questões técnicas, tributárias e investimentos; defendeu a resolução rápida da tarifa linear de 10% e da sobretaxa de 40%.
- Não há data definida para a próxima rodada em Washington; governo brasileiro mantém expectativa de desfecho favorável e classificou a última reunião entre presidentes como muito positiva.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) intensificou suas críticas à oposição, direcionando ataques ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Em declarações feitas nesta segunda-feira, dia 27, Alckmin lamentou o apoio dos dois políticos ao tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, segundo ele, prejudica a indústria brasileira e a economia nacional.
As críticas surgem após uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Trump, realizada na Malásia, que visou a abrir caminho para novas negociações entre Brasil e EUA. Alckmin destacou que a indústria paulista é a mais afetada pela sobretaxa, afirmando que a exportação de produtos de maior valor agregado para os Estados Unidos é crucial e difícil de substituir. “É lamentável você defender uma coisa que é injusta”, enfatizou.
Indústria e Competitividade
Alckmin também criticou a postura de parlamentares que, segundo ele, preferem apoiar Trump em vez de defender o setor produtivo brasileiro. Ele mencionou a carga tributária nacional, que corresponde a 33,5% do PIB, em comparação com 22% da China, 20% da Índia e 17% do México. O vice-presidente argumentou que essa disparidade prejudica a competitividade do Brasil no mercado global.
Em relação a Eduardo Bolsonaro, Alckmin fez críticas indiretas, insinuando que o deputado atua contra os interesses nacionais. “Um parlamentar pago com dinheiro público, fora do país, trabalhando contra o emprego no Brasil”, declarou.
Expectativas nas Negociações
Apesar das críticas, Alckmin expressou otimismo quanto ao avanço das negociações entre Brasil e Estados Unidos. Ele afirmou que as conversas devem se concentrar em questões técnicas e tributárias, além de investimentos mútuos. O vice-presidente destacou a urgência em resolver a tarifa linear de 10% e a sobretaxa de 40% imposta ao Brasil, que considera inadequada.
Alckmin ainda informou que não há uma data definida para a próxima rodada de negociações em Washington, mas garantiu que o governo brasileiro permanece esperançoso em um desfecho favorável. Ele classificou a última reunião entre os presidentes como “muito positiva” e reafirmou a disposição do Palácio do Planalto para resolver a situação de forma diplomática.
