- A deputada Carla Zambelli, do Partido Liberal, completou 90 dias presa na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma, aguardando a decisão italiana sobre o pedido de extradição feito pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ela é acusada de financiar o ataque hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
- Em maio, 127 dias antes da prisão, Zambelli pediu licença do mandato; Missionário José Olímpio ocupou o posto. Ao retornar em outubro, ela acumula faltas e a previsão é terminar o ano com 31 ausências não justificadas.
- O processo de cassação do mandato tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. A oposição recorre à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para contestar as provas.
- A acusação envolve o hacker Walter Delgatti Neto, que teria invadido o CNJ, gerando um mandado de prisão falso contra Moraes. Zambelli fugiu para a Itália, onde tem cidadania, e foi incluída na lista da Interpol.
- O Ministério Público da Itália já se manifestou favoravelmente ao pedido de extradição. A defesa de Zambelli foi contatada, mas ainda não se manifestou.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) completou 90 dias presa na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma, nesta segunda-feira, 27 de outubro. Ela aguarda a decisão da justiça italiana sobre o pedido de extradição feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Zambelli é acusada de financiar um ataque hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em maio, um mês antes de sua prisão, Zambelli pediu licença de seu mandato por 127 dias, período em que o deputado federal Missionário José Olímpio (PL-SP) ocupou seu lugar. Com o término da licença em 2 de outubro, a deputada voltou oficialmente ao cargo, embora acumule faltas. A previsão é que ela termine o ano com 31 faltas não justificadas.
Processo de Cassação
O processo de cassação do mandato de Zambelli permanece parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Enquanto isso, a oposição recorre à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), alegando a ausência de provas que confirmem que a deputada financiou o ataque hacker.
A acusação central envolve o hacker Walter Delgatti Neto, que teria invadido os sistemas do CNJ, resultando em um mandado de prisão falso contra Moraes. Após a condenação por suposto financiamento, Zambelli fugiu para a Itália, onde possui cidadania. Ela foi presa após seu nome ser incluído na lista da Interpol. O Ministério Público da Itália já se manifestou favoravelmente ao pedido de extradição.
A defesa de Carla Zambelli foi contatada, mas até o momento não se manifestou. O caso continua a atrair atenção e gera debates sobre a legalidade das provas apresentadas.