- A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Instituto Nacional do Seguro Social ampliou investigações sobre fraudes, agora mirando a negociação de uma aeronave entre o deputado Euclydes Pettersen, do Republicanos-MG, e uma ONG vinculada à Conafer.
- O colegiado também pretende ouvir o senador Weverton Rocha, citado em depoimentos, além de apurar ligações entre o voo, emendas e o suposto esquema.
- O relator, deputado Alfredo Gaspar, afirmou que a venda da aeronave levanta questões sobre o uso de recursos públicos; a ONG recebeu R$ 2,5 milhões em emendas impulsionadas por Pettersen, que também é acusado de indicar Alexandre Guimarães para a diretoria de Governança do INSS; Guimarães estaria ligado a R$ 2 milhões recebidos de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.
- Pettersen disse que a venda ocorreu a terceiros não vinculados às investigações, negando qualquer participação com a ONG; Guimarães confirmou que a nomeação não teve interferência política, e a CPMI rejeitou pedidos de convocação de outros envolvidos.
- A CPMI investiga ainda a aeronave modelo Beech Aircraft F ninety acompanhado entre Weverton Rocha e Antunes; Evair de Melo solicitou registros de voo para apontar possível relação próxima entre o senador e o operador do esquema; a aeronave pertence ao advogado de Antunes, amigo de Rocha; Rocha afirmou que as acusações são infundadas, e a investigação segue com críticas da oposição.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ampliou suas investigações sobre fraudes no órgão, agora focando na negociação de uma aeronave entre o deputado Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) e uma ONG vinculada à Conafer. O colegiado também pretende ouvir o senador Weverton Rocha (PDT-MA), mencionado em depoimentos que relacionam sua atuação a um operador do esquema.
O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), destacou que a venda da aeronave levanta questões sobre o uso de recursos públicos. A ONG envolvida recebeu R$ 2,5 milhões em emendas destinadas por Pettersen, que também é acusado de indicar Alexandre Guimarães para a diretoria de Governança do INSS. Guimarães é suspeito de estar ligado a R$ 2 milhões recebidos de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como operador das fraudes.
Sobre a negociação da aeronave, Pettersen afirmou que a venda foi realizada a terceiros não relacionados às investigações, negando qualquer envolvimento com a ONG. Ele esclareceu que a aeronave foi vendida de forma regular e que não teve participação em revendas posteriores. Além disso, Guimarães confirmou que sua nomeação foi feita sem interferência política, embora a CPMI tenha rejeitado pedidos de convocação de outros envolvidos.
Ligação com o Senador
A CPMI investiga também o uso de uma aeronave modelo Beech Aircraft F90, que teria sido compartilhada entre Weverton Rocha e Antunes. O deputado Evair de Melo (PP-ES) solicitou os registros de voo do jatinho, sugerindo que isso poderia indicar uma relação próxima entre o senador e o operador do esquema. A aeronave pertence ao advogado de Antunes e amigo de Rocha.
Enquanto isso, Rocha defendeu que as tentativas de associar seu nome a irregularidades são infundadas. A CPMI busca esclarecer as ligações entre voos, emendas e o esquema de fraudes, com a expectativa de ouvir Rocha em breve. A investigação continua a gerar repercussão e críticas de parlamentares da oposição, que acusam a base governista de tentar proteger aliados.