- O ex-diretor de Governança, Planejamento e Inovação do INSS, Alexandre Guimarães, prestou depoimento à CPMI do INSS e negou vínculos com políticos durante sua gestão, de 2021 até o início de 2023, afirmando que foi indicado após reunião com o deputado Euclydes Pettersen.
- Guimarães disse que os repasses recebidos, no total de R$ 313 mil, vieram de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, ligado a fraudes de descontos indevidos em benefícios; afirmou que os pagamentos foram legais e relacionados a serviços de consultoria da sua empresa, que tinha como único cliente a empresa de Antunes.
- Pettersen confirmou a reunião, mas negou irregularidades, ressaltando que cada indicado é responsável por suas ações.
- O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar, informou a intenção de convocar Pettersen e o senador Weverton Rocha para prestarem esclarecimentos; já há requerimento protocolado para Rocha, citando que Antunes o teria recebido em seu gabinete.
- A CPMI avança com pedidos de convocação de outros parlamentares e com a ampliação de quebras de sigilo de pessoas envolvidas; Weverton Rocha afirmou não ser alvo de investigação e pediu foco no combate às fraudes no INSS.
O ex-diretor de Governança, Planejamento e Inovação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alexandre Guimarães, prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS e negou qualquer vínculo com políticos durante sua gestão, que ocorreu de 2021 até o início de 2023. Guimarães afirmou que sua nomeação foi resultado de envio de currículos a parlamentares. No entanto, admitiu que foi indicado ao cargo após uma reunião com o deputado Euclydes Pettersen (Republicanos-MG).
O ex-diretor é investigado por suposto recebimento de R$ 313 mil de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, implicado em um esquema de fraudes relacionadas a descontos indevidos em benefícios previdenciários. Guimarães alegou que os pagamentos foram legais, relacionados a serviços de consultoria prestados por sua empresa, que tinha como único cliente a empresa de Antunes.
Detalhes do Depoimento
Durante o depoimento, Guimarães negou ter participado de acordos entre o INSS e entidades que promoviam descontos ilegais. Ele afirmou que tomou conhecimento do esquema apenas após a operação da Polícia Federal que desmantelou as fraudes. Em resposta a essas alegações, Pettersen confirmou a reunião, mas negou irregularidades, ressaltando que cada indicado é responsável por suas ações.
O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), anunciou a intenção de convocar tanto Pettersen quanto o senador Weverton Rocha (PDT-MA) para que prestem esclarecimentos. Um requerimento formal para convocar Rocha já foi protocolado, mencionando que o senador teria recebido Antunes em seu gabinete.
Próximos Passos da CPMI
A CPMI está analisando pedidos de convocação de outros parlamentares e a ampliação das quebras de sigilo de pessoas envolvidas nas investigações. Weverton Rocha se manifestou, estranhando a menção ao seu nome e afirmando não ser alvo de investigação. Ele pediu que o relator se concentre em combater as fraudes no INSS, em vez de se distrair com questões que não envolvem sua atuação.