- O perito Eduardo Tagliaferro teve pedido negado pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) em tempo recorde, menor que um dia.
- A defesa, representada pelo advogado Eduardo Kuntz, protocolou a solicitação às 14h51 do dia 27 de outubro e recebeu a negativa no dia seguinte, às 15h45.
- O tempo de resposta incomum contrasta com a média de 326 dias para decisões interlocutórias no STF e levantou questionamentos sobre a garantia da ampla defesa.
- A defesa pediu sessão presencial, mas Moraes manteve sessão virtual; Kuntz solicitou destaque para que o caso fosse analisado em plenário físico, pedido negado e argumentos enviados por escrito.
- Tagliaferro enfrenta acusações de violação de sigilo funcional e obstrução de investigações; o caso ganhou notoriedade com vazamentos de mensagens de WhatsApp sobre supostas irregularidades nas decisões do ministro, o que o gabinete do STF afirma ter ocorrido dentro da legalidade.
O perito Eduardo Tagliaferro teve um pedido negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em tempo recorde. A decisão, que normalmente leva meses, foi emitida em menos de um dia, gerando estranheza na defesa. O advogado Eduardo Kuntz protocolou a solicitação às 14h51 do dia 27 de outubro e recebeu a negativa de Moraes no dia seguinte, às 15h45.
O tempo incomum de resposta, que contrasta com a média de 326 dias para decisões interlocutórias no STF, levantou preocupações sobre a ampla defesa. Kuntz criticou a rapidez da decisão, afirmando que “decisões tão céleres são raras”, especialmente em casos que envolvem garantias processuais. A defesa de Tagliaferro argumenta que a falta de fundamentação na negativa compromete o direito de defesa.
Reação da Defesa
A defesa solicitou uma sessão de julgamento presencial, mas Moraes optou por uma sessão virtual. Em resposta, Kuntz pediu um destaque para que o caso fosse analisado em plenário físico. Moraes negou o pedido, permitindo que os argumentos fossem enviados por escrito. Tagliaferro expressou descontentamento, afirmando que a decisão esvazia o sentido da Justiça ao impedir a defesa presencial.
Tagliaferro enfrenta acusações graves, incluindo violação de sigilo funcional e obstrução de investigações. O caso ganhou notoriedade após a divulgação de mensagens de WhatsApp que alegam irregularidades nas decisões de Moraes, levando ao que ficou conhecido como “vaza-toga”. O gabinete do ministro afirmou que todos os procedimentos foram realizados dentro da legalidade.