- O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, após operação policial que deixou mais de cem mortes na cidade, dizendo que o governo estadual não atua no combate ao financiamento do crime, especialmente contrabando de combustíveis.
- Ele afirmou que o contrabando é fonte de recursos para organizações criminosas e pediu maior colaboração de Castro com a Receita Federal, destacando a apreensão de quatro navios com combustível cuja carga era destinada ao Rio e poderia financiar atividades ilícitas.
- Haddad defendeu a aprovação da PEC da Segurança Pública, que propõe integrar esforços entre governos, a Receita Federal e o Ministério Público no combate ao crime organizado.
- O governador Cláudio Castro respondeu dizendo que as forças de segurança atuaram sem apoio do governo federal, e reconheceu que não solicitou assistência; o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, informou que não houve pedido formal de apoio.
- Haddad destacou que o controle do crime deve começar na fonte de financiamento, afirmando que quando o dinheiro irrigando o crime dificulta o controle na ponta.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, após uma operação policial que resultou em mais de 100 mortes na cidade. Em declarações feitas em Brasília, Haddad afirmou que o governo fluminense não tem tomado medidas adequadas para combater o financiamento do crime organizado, especialmente no que diz respeito ao contrabando de combustíveis.
Haddad destacou que o contrabando é uma das principais fontes de recursos para as organizações criminosas. “O governo do estado do Rio tem feito praticamente nada em relação ao contrabando de combustíveis, que é como você irriga o crime organizado”, disse. Ele pediu uma maior colaboração de Castro com a Receita Federal, especialmente após a apreensão de quatro navios com combustível, parte da carga destinada ao Rio, que poderia ser utilizada para financiar atividades ilícitas.
Críticas e Responsabilidades
O ministro também criticou a falta de ação do governador, afirmando que é necessário “acordar para esse problema crônico”. Ele defendeu a aprovação da PEC da Segurança Pública, que visa integrar esforços entre governadores, o governo federal e órgãos como a Receita Federal e o Ministério Público no combate ao crime organizado.
Em resposta às críticas, Castro alegou que as forças de segurança do estado agiram sem apoio do governo federal, embora tenha admitido que não solicitou assistência. O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, confirmou que não houve pedido formal de apoio por parte do governador.
Haddad enfatizou que o controle do crime deve começar na fonte de financiamento. “Quando o dinheiro está irrigando o crime, é muito difícil você, na ponta, conseguir controlar”, concluiu, destacando a importância de asfixiar financeiramente as organizações criminosas para reduzir sua capacidade de atuação.