- O deputado federal Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, protocolou no Supremo Tribunal Federal o pedido de afastamento do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, com base em alegação de interferência nas investigações da Operação Carbono Oculto e proteção de aliados ligados à refinaria Refit.
- O requerimento solicita ao ministro Alexandre de Moraes a abertura de um inquérito criminal e a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico do governador.
- Segundo Farias, Castro atuaria para reabrir a Refit, que já estava interditada pelas investigações, em detrimento da atuação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e da Polícia Federal.
- A empresa Refit acumula mais de 13 bilhões de reais em dívidas e é alvo de apurações por fraudes e lavagem de dinheiro; a acusação envolve favorecimento a aliados vinculados à refinaria.
- A conduta do governador, na visão de Farias, configura inversão de papéis entre Estado credor e fiscalizador e defensor de um possível sonegador, com possibilidade de enquadramentos como corrupção passiva, prevaricação, abuso de autoridade, improbidade administrativa e crime de responsabilidade.
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, protocolou um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para o afastamento do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). A solicitação é fundamentada na alegação de que Castro estaria interferindo nas investigações da Operação Carbono Oculto e protegendo aliados envolvidos com a refinaria Refit, que acumula mais de 13 bilhões de reais em dívidas e é alvo de investigações por fraudes e lavagem de dinheiro.
Farias requisitou ao ministro Alexandre de Moraes a abertura de um inquérito criminal e a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico do governador. O deputado argumenta que, em vez de apoiar as ações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e da Polícia Federal, o governo estadual, através da Procuradoria-Geral do Estado (PGE-RJ), ajuizou uma ação para reabrir a Refit, que havia sido interditada como parte das investigações.
A conduta do governador é descrita por Farias como uma inversão de papéis, onde o Estado, que deveria atuar como credor e fiscalizador, passou a agir como defensor de um suposto sonegador. O parlamentar acredita que essa situação pode configurar crimes como corrupção passiva, prevaricação, abuso de autoridade, improbidade administrativa e crime de responsabilidade.
Contexto de Tensão
As tensões entre o governo do Rio e as investigações sobre a Refit já eram evidentes, com a atuação da Polícia Federal e da ANP sendo frequentemente citadas. A pressão política sobre Cláudio Castro se intensifica à medida que as investigações avançam e as acusações se tornam mais graves.