- Megaoperação policial na zona norte do Rio de Janeiro, realizada na terça-feira (28), gerou confrontos na Mata da Pedreira e visou encurralar criminosos que davam apoio armado a traficantes.
- O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) utilizou o “Muro do Bope” para impedir fuga de suspeitos, com o objetivo de proteger moradores, segundo o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes.
- Ao todo, cerca de 120 pessoas morreram; moradores relatam brutalidade, com sinais de execuções e corpos mutilados.
- A Polícia Civil investiga as circunstâncias das mortes; há relatos de possível execução de suspeitos após rendição e de alterações de provas forenses, com imagens de pessoas retirando roupas camufladas dos corpos.
- Câmeras corporais teriam se esgotado após as 15h, interrompendo gravações; denúncias apontam uso indevido de provas e criação de indícios de abuso policial.
A megaoperação policial realizada na zona norte do Rio de Janeiro, na terça-feira (28), resultou em confrontos intensos na Mata da Pedreira. O objetivo da ação foi encurralar criminosos que atuavam como suporte armado a traficantes. A estratégia, segundo o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, visou proteger os moradores da região.
Durante a operação, a polícia utilizou o chamado “Muro do Bope” para bloquear a fuga dos criminosos, evitando assim mortes entre a população local. Entretanto, a situação se agravou, resultando em cerca de 120 mortos. Relatos de moradores indicam que a ação policial foi marcada por brutalidade, com sinais de execuções e corpos mutilados.
Investigações da Polícia Civil estão em andamento para apurar as circunstâncias das mortes. Informações de moradores sugerem que a polícia pode ter executado suspeitos após a rendição. O presidente da associação de moradores, Erivelton Vidal Correa, relatou que muitos corpos apresentavam mutilações severas, incluindo perfurações e decapitações.
Problemas com Câmeras Corporais
Outro aspecto preocupante é que as câmeras corporais dos policiais se esgotaram após as 15h, interrompendo as gravações. Menezes confirmou que, devido à duração limitada das baterias, a maioria dos equipamentos não estava mais operando durante os momentos críticos da operação.
Além disso, surgiram denúncias de que moradores teriam alterado provas forenses, com imagens mostrando pessoas retirando roupas camufladas dos corpos para criar a impressão de abusos policiais. A situação levanta questões sérias sobre a conduta da polícia e a integridade das investigações em curso.