- O Tribunal Regional Federal da 4ª Região afastou cautelarmente o juiz federal Eduardo Appio por suposto furto de duas garrafas de champanhe, avaliadas em R$ 540,00, em Blumenau, Santa Catarina; afastamento inicial de 120 dias.
- O processo tramita em sigilo; a defesa poderá se manifestar nos autos, e o advogado afirmou que Appio apresentará provas e testemunhas durante o período de afastamento.
- Appio negou as acusações em entrevista à NSC TV, classificando a situação como mal-entendido e garantindo ter pago suas compras.
- Ulisses Gabriel, delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, confirmou que a Corte seguiu a recomendação da Corregedoria.
- Em 2023, Appio já teve suspensão na Lava Jato após ser acusado de envolvimento em telefonema anônimo que ameaçou o filho de um desembargador do TRF-4; o afastamento ocorreu por decisão do CNJ.
O juiz federal Eduardo Appio, ex-integrante da Lava Jato, foi afastado cautelarmente pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A decisão se deu após uma investigação sobre um suposto furto de duas garrafas de champanhe, avaliadas em R$ 540, em um supermercado em Blumenau, Santa Catarina. O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, confirmou que a Corte seguiu a recomendação da Corregedoria.
O processo que envolve Appio está sob sigilo, e sua defesa se manifestará apenas nos autos. O advogado Renato Andrade afirmou que o magistrado apresentará provas e testemunhas durante o período de 120 dias de afastamento. Em uma declaração à NSC TV, Appio negou as acusações e classificou a situação como um mal-entendido. Ele defendeu sua honestidade, garantindo que sempre pagou suas compras.
Histórico de Controvérsias
Esta não é a primeira vez que Appio enfrenta problemas. Em 2023, ele foi suspenso de suas funções na Lava Jato após ser acusado de envolvimento em um telefonema anônimo que ameaçou o filho de um desembargador do TRF-4. O afastamento ocorreu após uma decisão que restabeleceu a prisão de um operador financeiro ligado à operação. Na ocasião, Appio foi removido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O TRF-4 indicou que o afastamento de Appio é uma medida cautelar, e a investigação seguirá seu curso. O caso levanta questões sobre a conduta de magistrados e a necessidade de integridade no sistema judiciário.