- Haddad afirmou a necessidade de ações mais robustas para sufocar financeiramente organizações criminosas, mirando também os “CEOs” das facções que operam fora do país, não apenas o chamado “cháo de fábrica”, e disse: “Precisamos atuar em todas as camadas do crime”.
- A declaração ocorre em meio a uma megaoperação no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que deixou mais de 120 mortos e resultou em 180 mandados de busca e apreensão, com o objetivo de cumprir 100 mandados de prisão, sendo 30 expedidos pela Justiça do Pará.
- Haddad defendeu a aprovação do projeto de lei do Devedor Contumaz, que visa coibir empresas que usam a inadimplência fiscal como estratégia de negócio; a proposta já passou pelo Senado e teve urgência aprovada na Câmara dos Deputados.
- O ministro afirmou que grande parte do crime organizado no Rio de Janeiro se esconde por trás dessas estratégias jurídicas e criticou a resistência do partido do governador Cláudio Castro ao projeto, questionando a lógica de voto contra uma lei aprovada quase por unanimidade no Senado.
- “Nós precisamos operar nos andares superiores do crime organizado”, concluiu Haddad, reforçando a necessidade de um cerco mais efetivo à estrutura financeira do crime.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou a necessidade de ações mais robustas para asfixiar financeiramente as organizações criminosas no Brasil. Durante uma declaração na sexta-feira, 31 de outubro, ele enfatizou que é crucial atingir os “CEOs” das facções, que frequentemente operam fora do país, usufruindo de riquezas acumuladas ilicitamente. “Precisamos atuar em todas as camadas do crime”, afirmou.
Essas falas surgem em um contexto de tensão, após uma megaoperação no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que resultou em mais de 120 mortes e na execução de 180 mandados de busca e apreensão. O objetivo da operação foi conter o avanço da facção e cumprir 100 mandados de prisão, sendo 30 expedidos pela Justiça do Pará.
Projeto do Devedor Contumaz
Haddad também defendeu a aprovação do projeto de lei do Devedor Contumaz, que visa coibir empresas que utilizam a inadimplência fiscal como estratégia de negócio. A proposta já recebeu aval no Senado e teve urgência aprovada na Câmara dos Deputados. O ministro destacou que “uma boa parte do crime organizado” no Rio de Janeiro se esconde por trás dessas estratégias jurídicas.
O ministro criticou a resistência do PL, partido do governador Cláudio Castro, ao projeto, questionando a lógica de um partido que votou contra uma lei aprovada quase por unanimidade no Senado. “Nós precisamos operar nos andares superiores do crime organizado”, concluiu Haddad, reforçando a importância de um cerco mais efetivo à estrutura financeira do crime.