- A Operação Contenção no Rio de janeiro deixou 117 civis e 4 policiais mortos, 113 prisões e a apreensão de mais de 100 armas, e o governo federal negou ter sido avisado sobre a ação.
- Durante jantar do Grupo Esfera, Guilherme Boulos chamou a operação de demagogia com a vida das pessoas e destacou a necessidade de combate ao crime organizado que respeite a vida humana.
- Boulos mencionou a Polícia Federal como possível aliado; o diretor-geral Andrei Rodrigues afirmou que a superintendência no Rio foi convidada, mas não pôde participar por estar fora de seu escopo. O ministro Ricardo Lewandowski pediu comunicação em nível de ministério.
- As respostas geraram debate sobre direitos humanos e uso de força; PSOL e outros grupos afirmam violações de direitos fundamentais, e o governo atua contra proposta da oposição que classifica o Comando Vermelho como organização terrorista.
- Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas também defende a mesma medida contra o Primeiro Comando da Capital; o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, relator da ADPF das Favelas, esteve no Rio para discussões a portas fechadas com autoridades locais.
A Operação Contenção no Rio de Janeiro resultou em 117 civis e 4 policiais mortos, além de 113 prisões e a apreensão de mais de 100 armas. O governo federal negou ter recebido qualquer aviso sobre a operação, levantando questões sobre direitos humanos e o uso da força.
Durante um jantar do Grupo Esfera, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, criticou a operação, chamando-a de “demagogia com a vida das pessoas”. Ele enfatizou a necessidade de um combate ao crime organizado que respeite a vida humana. Boulos, que também é deputado do PSOL, destacou que a ação demonstrou uma abordagem equivocada por parte do Estado.
A Polícia Federal (PF) foi mencionada por Boulos como um possível aliado na operação. No entanto, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que a superintendência no Rio foi convidada, mas não pôde participar por estar fora de seu escopo. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, defendeu que uma comunicação adequada deveria ocorrer “em nível de ministério”.
Reações e Desdobramentos
A operação gerou um intenso debate sobre os direitos humanos e o uso de força excessiva. Grupos de esquerda, incluindo o PSOL, afirmam que houve violação de direitos fundamentais. Além disso, o governo está se articulando contra uma proposta da oposição que visa classificar o Comando Vermelho como organização terrorista.
Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas também defende a mesma medida em relação ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, agora relator da ADPF das Favelas, esteve no Rio para discutir a situação com autoridades locais. As reuniões foram realizadas a portas fechadas, indicando a gravidade da situação.