- O Senado instalou a CPI do Crime Organizado no quatro de novembro, para investigar milícias e facções como PCC e Comando Vermelho, em meio a debates sobre segurança pública e a operação no Rio que resultou na prisão de 113 pessoas e na morte de 121 indivíduos, incluindo quatro policiais.
- A presidência ficou com o senador Fabiano Contarato, que recebeu seis votos, enquanto Hamilton Mourão obteve cinco.
- Alessandro Vieira, do MDB, é o relator, e a comissão terá onze titulares e onze suplentes, com prazo inicial de quatro meses.
- Contarato afirmou atuar com independência e destacou a importância do diálogo entre visões distintas, com foco na estrutura e funcionamento das organizações criminosas.
- Houve oposição entre governistas e oposicionistas: Eduardo Girão criticou tentativas de influenciar a indicação, e Otto Alencar disse que não haverá interferência nos trabalhos. Senadoras Damares Alves e Soraya Thronicke cobraram maior representatividade feminina, solicitando um cargo de vice-presidente.
O Senado brasileiro instalou a CPI do Crime Organizado nesta terça-feira, 4 de novembro, com o objetivo de investigar a atuação de milícias e facções criminosas, como o PCC e o Comando Vermelho. A comissão surge em meio a um contexto de crescente debate sobre segurança pública, especialmente após uma operação no Rio de Janeiro que resultou na prisão de 113 pessoas e na morte de 121 indivíduos, incluindo quatro policiais.
O senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi eleito presidente da CPI com 6 votos, superando o candidato da oposição, Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que obteve 5 votos. Alessandro Vieira (MDB-SE), que solicitou a criação da CPI, assumiu o cargo de relator. A comissão será composta por 11 senadores titulares e 11 suplentes, com um prazo inicial de 120 dias para suas atividades.
Atuação e Desafios
Contarato, que é delegado de polícia, declarou que atuará com independência e compromisso. Ele enfatizou a importância do diálogo e da convergência entre diferentes visões. A CPI focará na estrutura e funcionamento das organizações criminosas, enquanto o Congresso discute propostas para endurecer penas e ampliar tipos penais.
Durante a instalação, houve tensões entre senadores da oposição e do governo. Eduardo Girão (Novo-CE) criticou tentativas do governo de influenciar a escolha da presidência da CPI, sugerindo uma “tomada de assalto” da comissão. O senador Otto Alencar (PSD-BA) rechaçou as acusações, afirmando que não haverá interferências nos trabalhos da CPI.
Além disso, senadoras como Damares Alves (Republicanos-DF) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) levantaram preocupações sobre a falta de representação feminina na presidência, solicitando a criação de um cargo de vice-presidente para melhor atender à demanda de trabalho da comissão.