- Após a deflagração da Operação Freedom em 4 de novembro de 2025, parlamentares de esquerda elogiaram a atuação das polícias da Bahia e do Ceará, destacando a ausência de disparos e mortes.
- Dados oficiais apontam contradição: a Bahia seria segunda mais letal do Brasil, com a Polícia Militar apresentando taxas de letalidade superiores às da Polícia de São Paulo, estado com população maior.
- O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 mostra que a Polícia Militar baiana matou o dobro de pessoas em operações em comparação à Polícia Militar de São Paulo.
- A operação teve 90 mandados, menor volume que a Operação Contenção, que teve 180; além disso, 95% das 117 mortes registradas pela Polícia Civil do Rio estavam ligadas ao Comando Vermelho.
- Houve divergências de comunicação entre as forças: o diretor-geral da Polícia Federal afirmou que a PF sabia da operação no Rio, contradizendo a versão oficial; o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse que a comunicação entre escalões superiores deveria ter sido mais eficaz.
Após a deflagração da Operação Freedom em quatro de novembro de 2025, parlamentares de esquerda elogiaram a atuação das polícias da Bahia e do Ceará, destacando a ausência de disparos e mortes. Governados por petistas, os estados foram elogiados por figuras como o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) e o senador Orlando Silva (PCdoB-SP), que ressaltaram a importância do uso de inteligência nas operações policiais.
Entretanto, os dados oficiais revelam um cenário contraditório. A Bahia é considerada a segunda mais letal do Brasil, com a Polícia Militar apresentando taxas de letalidade superiores às da Polícia de São Paulo, um estado com população três vezes maior. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 aponta que a PM baiana matou o dobro de pessoas em operações policiais em comparação à paulista.
Divergências nas Informações
A Operação Freedom, com 90 mandados a cumprir, teve um volume de ações inferior à Operação Contenção, que realizou 180. Apesar da propaganda sobre a ausência de mortes, dados da Polícia Civil do Rio de Janeiro indicam que 95% das 117 mortes registradas estavam ligadas ao Comando Vermelho. A comunicação entre as forças policiais também gerou controvérsias, com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmando que a PF sabia da operação no Rio, contradizendo a versão oficial.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, argumentou que a comunicação entre os escalões superiores deveria ter sido mais eficaz. Além disso, os dados de letalidade da PM da Bahia contrastam com os elogios recebidos, revelando a complexidade do cenário de segurança pública no estado. A situação evidencia a necessidade de uma análise mais profunda sobre as operações policiais e suas consequências.