- Investigações da CPMI do INSS indicam favorecimento a entidades ligadas ao PT, incluindo Contag e Sindnapi, em meio a ações da Advocacia-Geral da União, do INSS e do Congresso.
- Foram apresentados seis indícios, com base em parlamentares e documentos oficiais, de atuação do governo para proteger essas entidades no escândalo bilionário do INSS.
- Entre as ações, destaca-se a liberação de descontos associativos à Contag em 2023, autorizada pelo então presidente do INSS, mesmo após pareceres contrários.
- Também houve rejeição de convocações de pessoas próximas ao governo na CPMI e decisões da Advocacia-Geral da União que excluíram as entidades de bloqueios judiciais.
- A CGU e a Polícia Federal já citaram as entidades em relatórios por indícios de irregularidades; a oposição vê blindagem política, e representantes da Contag passaram a ocupar conselhos federais desde o início do governo Lula.
- A CPMI enfrenta dificuldades para esclarecer a relação entre o governo, partidos de esquerda e as entidades; o desvio estimado no caixa do INSS é de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2025, aumentando a necessidade de esclarecimentos.
As investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS revelaram indícios de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria favorecido entidades ligadas ao PT em meio a um escândalo bilionário. A apuração, que ainda está em andamento, sugere que decisões políticas e administrativas teriam sido tomadas para proteger associações e sindicatos, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi).
Seis indícios foram levantados por parlamentares e documentos oficiais, apontando uma possível articulação do governo para evitar investigações mais rigorosas sobre essas entidades. Entre as ações mencionadas, destaca-se a liberação de descontos associativos à Contag em 2023, autorizada pelo então presidente do INSS, mesmo após pareceres contrários. Além disso, houve a rejeição de convocações de figuras próximas ao governo na CPMI e decisões da Advocacia-Geral da União (AGU) que excluíram as entidades de bloqueios judiciais.
A relação entre o governo e essas organizações tem gerado controvérsia, especialmente porque ambas foram citadas em relatórios da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF) por indícios de irregularidades. A oposição considera que a proteção a essas entidades configura uma blindagem política. Desde o início do governo Lula, representantes da Contag foram nomeados para conselhos federais, reforçando a influência dessas organizações.
Contexto das Investigações
A CPMI enfrenta dificuldades para desvendar a conexão entre o governo, partidos de esquerda e as entidades investigadas. Apesar de ter a presidência e a relatoria, a oposição tem sido superada pela maioria governista em votações de requerimentos que poderiam revelar a extensão dessa relação. O desvio estimado no caixa do INSS é de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2025, o que intensifica a necessidade de esclarecimentos.
A reportagem aguarda posicionamento dos órgãos citados para complementar as informações. A situação continua a se desenrolar, com a CPMI buscando evidências que possam sustentar as alegações de favorecimento e irregularidades no uso de recursos públicos.