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Modelo de El Salvador contra o crime é incompatível com a Constituição

Alessandro Vieira afirma que a experiência de El Salvador é incompatível com a Constituição brasileira e que soluções mirabolantes são pirotecnia eleitoral; defende respostas duradouras

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Alessandro Vieira defendeu solução real contra crime no país e disse que ações mirabolantes são pirotecnia para fins eleitorais. (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado)
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  • O senador Alessandro Vieira (MDB de Sergipe), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito do Crime Organizado, afirmou que o modelo de combate ao crime aplicado em El Salvador é incompatível com a Constituição brasileira e criticou medidas drásticas como prisões em massa e megapredídios.
  • Em entrevista à GloboNews, Vieira disse que soluções mirabolantes são apenas pirotecnia eleitoral e ressaltou a necessidade de respostas inteligentes e duradouras para enfrentar a infiltração do crime em várias esferas, incluindo política e Justiça; 20% da população brasileira vivem sob domínio do crime.
  • O modelo salvadorenho, que reduziu homicídios de 106 para 1,9 por cem mil habitantes em três anos, foi considerado impróprio para o Brasil por Vieira, que questionou: se é incompatível, para que conhecê-lo?
  • O senador citou a corrupção como fator que facilita a atuação de facções e destacou a presença de drogas e armamentos no Rio de Janeiro, apontando uma cadeia de tolerância com o crime ao longo de décadas.
  • Vieira acredita que a CPI do Crime Organizado pode revelar essa realidade e mobilizar a sociedade, defendendo soluções eficazes em vez de propostas superficiais que não resolvem a violência no país.

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), relator da CPI do Crime Organizado, afirmou nesta terça-feira (4) que o modelo de combate ao crime utilizado em El Salvador é incompatível com a Constituição brasileira. Vieira criticou a adoção de medidas drásticas, como prisões em massa e megapresídios, que têm sido discutidas após operações policiais no Rio de Janeiro.

Durante entrevista à GloboNews, o senador destacou que soluções mirabolantes são apenas “pirotecnia para fins eleitorais”. Ele enfatizou a necessidade de respostas inteligentes e duradouras para enfrentar a infiltração do crime organizado em diversas esferas, incluindo política e Justiça. Vieira alertou que, no Brasil, 20% da população vive sob domínio do crime, exigindo uma abordagem mais eficaz.

Críticas ao modelo salvadorenho

O modelo salvadorenho, que conseguiu reduzir a taxa de homicídios de 106 para 1,9 por 100 mil habitantes em três anos, foi criticado por Vieira. Ele afirmou que, apesar dos resultados, essa abordagem não se aplica ao contexto brasileiro. “Se ela é incompatível, do que me adianta conhecê-la?”, questionou.

O senador também abordou a questão da corrupção que facilita o avanço das facções. Para ele, o crime organizado não se limita a ações nas favelas, mas se infiltra em todos os níveis da sociedade. Vieira mencionou a movimentação de drogas e armamentos no Rio, indicando uma cadeia de tolerância e convivência com o crime por décadas.

Perspectivas da CPI

Vieira, que foi delegado da Polícia Civil de Sergipe, acredita que a CPI do Crime Organizado tem o potencial de revelar essa realidade e mobilizar a sociedade. Ele reiterou a importância de soluções que realmente funcionem, em vez de propostas superficiais que não resolvem o problema da violência no país.

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