- O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), afirmou que pode solicitar a prisão em flagrante por falso testemunho do presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, após ele se recusar a responder perguntas em depoimento na segunda-feira, 3 de novembro.
- Cruz permaneceu em silêncio em relação a perguntas, incluindo questões que não o incriminavam, e Gaspar disse estar insatisfeito com a omissão, que ele considera possível falso testemunho. A sessão foi interrompida por cerca de dez minutos para tentar chegar a um consenso.
- A CBPA é investigada por supostas irregularidades, como a solicitação de descontos em benefícios de pessoas falecidas. Em 2024, a confederação tinha 445 mil filiados e receita de R$ 41,2 milhões, mas a Controladoria-Geral da União apontou falta de registro de funcionários, gerando prejuízos à União.
- A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) pediu a expulsão de Cruz do partido, alegando que as denúncias prejudicam a imagem da sigla; Cruz já havia sido afastado da presidência da Comissão Provisória do PRB no Rio Grande do Norte em 2015.
- O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), ressaltou que mentir em depoimento pode levar a prisões; a apuração segue com desdobramentos esperados nas próximas semanas.
O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), anunciou que pode solicitar a prisão do presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, após o dirigente se recusar a responder perguntas durante depoimento nesta segunda-feira, 3 de novembro. Gaspar considerou essa atitude um possível falso testemunho e indicou que pode pedir a prisão em flagrante ao final da oitiva.
Cruz, que já foi alvo de investigações da Polícia Federal na Operação Sem Desconto, manteve-se em silêncio mesmo em relação a questões que não poderiam incriminá-lo. O relator expressou sua insatisfação, afirmando que o depoente não poderia omitir-se sobre fatos públicos. A sessão foi interrompida por cerca de dez minutos na tentativa de se chegar a um consenso.
Irregularidades e Investigações
A CBPA está sob investigação por supostas irregularidades, incluindo a solicitação de descontos em benefícios de pessoas falecidas. Em 2024, a confederação registrou 445 mil filiados e um faturamento de R$ 41,2 milhões, mas a Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que não teria funcionários registrados. A entidade deveria comunicar óbitos ao INSS, mas não o fez, resultando em prejuízos significativos à União.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) também pediu a expulsão de Cruz do partido, alegando que as denúncias comprometem a imagem da sigla. Este não é o primeiro caso de sanção contra ele; em 2015, Cruz foi afastado da presidência da Comissão Provisória do PRB do Rio Grande do Norte.
Consequências Políticas
Gaspar e outros parlamentares destacaram que mentir durante os depoimentos na CPMI pode resultar em prisão. O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), reforçou essa possibilidade, indicando que a omissão de informações pode levar a ações severas contra os envolvidos.
As investigações continuam, e o futuro de Cruz na política e na confederação permanece incerto, com novos desdobramentos aguardados nas próximas semanas.