- O presidente da CPI do Crime Organizado, Fabiano Contarato (PT-ES), afirmou em entrevista ao O Globo que a fala do presidente Lula é infeliz e reiterou a defesa por leis mais duras contra o tráfico, destacando a autonomia da comissão.
- Contarato, delegado de polícia, pediu aumento nas penas para crimes ligados ao tráfico e ressaltou a importância da autonomia da CPI para tratar da segurança pública.
- O senador criticou a Operação Contenção, dizendo que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, e questionou a eficácia ao não capturar um dos principais alvos.
- Mesmo respeitando Lula, Contarato manteve convicções sobre a gravidade do narcotráfico e apontou políticas públicas além da repressão, como educação em tempo integral, saneamento básico e iluminação pública, para enfrentar as causas da violência; criticou saídas temporárias por promover impunidade.
- Sobre o ministro Ricardo Lewandowski, Contarato o descreveu como sereno e técnico, e afirmou que ele está na posição certa para avançar pautas de pacificação social e segurança pública como direito de todos.
O senador Fabiano Contarato (PT-ES), presidente da CPI do Crime Organizado, criticou a declaração do presidente Lula, que afirmou que usuários de drogas são responsáveis pelos traficantes, tratando-os como vítimas. Em entrevista ao O Globo, Contarato considerou a fala de Lula “infeliz” e reafirmou a necessidade de leis mais severas contra o tráfico de entorpecentes.
Contarato, que é delegado de polícia, defendeu um aumento nas penas para crimes relacionados ao tráfico. Ele destacou que a autonomia da CPI é fundamental para abordar a questão da segurança pública. O senador também fez críticas à Operação Contenção, que visava combater a expansão do Comando Vermelho no Rio de Janeiro. Segundo ele, a operação resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, e questionou a eficácia da ação, já que um dos principais alvos não foi capturado.
Críticas e Propostas
O senador ressaltou que, apesar de respeitar o posicionamento de Lula, mantém suas convicções sobre a gravidade do narcotráfico. Contarato também mencionou a necessidade de políticas públicas que vão além da repressão, como educação em tempo integral, saneamento básico e iluminação pública, para combater as causas da violência. Ele criticou ainda as saídas temporárias, que, em sua visão, contribuem para a impunidade.
Sobre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, Contarato o descreveu como sereno e técnico, evitando críticas diretas. O senador acredita que Lewandowski está na posição certa para avançar em pautas que promovam a pacificação social e garantam a segurança pública como um direito de todos.