- O governo francês suspendeu a loja online da Shein para avaliar conformidade dos produtos com a lei, coincidindo com a inauguração da primeira loja física em Paris.
- A suspensão ficará vigente até que a empresa comprove conformidade; a revisão inicial deve ocorrer em até 48 horas, conforme determinou o primeiro-ministro Sébastien Lecornu.
- A Shein informou que suspendeu a venda de produtos de terceiros na França e está em contato com as autoridades.
- A Promotoria de Paris abriu investigações contra a Shein e rivais como AliExpress, Temu e Wish, após a polêmica com bonecas sexuais de aparência infantil.
- Na inauguração da loja, houve filas do lado de fora do BHV, com compradores e protestantes; um cliente citou que, com 200 euros, seria possível comprar cinquenta camisetas da Shein ou três feitas na França.
O governo francês anunciou a suspensão da loja online Shein após a polêmica gerada pela venda de bonecas sexuais com aparência infantil. A decisão foi divulgada no dia da inauguração da primeira loja física da marca em Paris, que ocorreu sob forte policiamento e protestos.
A suspensão será mantida até que a Shein comprove a conformidade de seus produtos com as leis francesas. O primeiro-ministro, Sébastien Lecornu, determinou que uma revisão inicial seja realizada em até 48 horas. A Shein, por sua vez, informou que suspendeu a venda de produtos de terceiros na França e está em contato com as autoridades.
Protestos e Polêmica
A descoberta das bonecas sexuais no site da Shein provocou uma onda de indignação em todo o país. A Promotoria de Paris abriu investigações contra a empresa e rivais como AliExpress, Temu e Wish. A Shein, fundada na China em 2008 e atualmente com sede em Cingapura, afirmou que está colaborando com as autoridades e que banirá todos os produtos relacionados a bonecas sexuais de sua plataforma.
Durante a abertura da loja, filas se formaram do lado de fora do departamento BHV, atraindo tanto compradores em busca de roupas baratas quanto manifestantes contrários à presença da marca. Um dos compradores comentou que com um orçamento de 200 euros, poderia adquirir 50 camisetas da Shein ou apenas três feitas na França.
Reações da Comunidade
O proprietário do BHV, Frédéric Merlin, expressou entusiasmo pela abertura, destacando a conexão entre o comércio eletrônico e as compras físicas. Em contrapartida, Emmanuel Grégoire, ex-vice-prefeito de Paris, alertou que a situação vai além de uma simples controvérsia comercial, representando uma escolha de sociedade.
A vice-prefeita Dorine Bregman criticou o modelo de “ultra-fast fashion” da Shein, que considera contrário aos valores da cidade. Além disso, outras lojas sob a mesma gestão foram instruídas a alterar seus nomes caso decidam abrir filiais da Shein.