- Quatro homens tornaram-se réus por transfobia contra a deputada Linda Brasil, primeira mulher trans eleita para a Alese; a denúncia foi aceita pelo Ministério Público de Sergipe e as penas vão de dois a sete anos de detenção.
- Entre os réus está o ex-candidato a vereador em Canoas, Fábio Dall Agnol, que enviou mensagens ameaçadoras após Linda criticar o bolsonarismo.
- Outros denunciados não foram localizados; o caso envolve mensagens privadas e discurso de ódio nas redes sociais.
- A denúncia foi aceita pela juíza Soraia Gonçalves de Melo em 28 de outubro; Volnei Meneses também é acusado de transfobia durante uma entrevista em rádio e pediu desculpas.
- Linda Brasil já havia recebido ameaças de morte em junho de 2023 por e-mails exigindo renúncia e alertando sobre atentado à Alese; em outubro, a deputada disse ter recebido novas ameaças e pediu reforço na segurança.
Quatro homens se tornaram réus por transfobia contra Linda Brasil, a primeira mulher trans eleita para a Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese). A denúncia foi aceita pelo Ministério Público de Sergipe, que identificou os acusados por mensagens de ódio enviadas nas redes sociais. As penas para os crimes variam de dois a sete anos de detenção.
Entre os réus está Fábio Dall Agnol, ex-candidato a vereador em Canoas (RS), que enviou mensagens ameaçadoras à deputada. Ele afirmou que Linda “pagaria caro” por suas opiniões, após um vídeo onde a parlamentar criticou o bolsonarismo. Outros réus não foram localizados, mas o caso envolve discursos de ódio e mensagens privadas.
A juíza Soraia Gonçalves de Melo aceitou a denúncia em 28 de outubro. Além disso, outro réu, Volnei Meneses, também é acusado de transfobia durante uma entrevista em um programa de rádio. Ele reconheceu que se expressou de forma inadequada e pediu desculpas.
Linda Brasil já havia enfrentado ameaças de morte em junho de 2023, quando recebeu e-mails exigindo sua renúncia e alertando sobre um possível atentado ao prédio da Alese. Essas ameaças foram arquivadas devido à dificuldade em localizar os responsáveis, que usaram domínios de e-mail estrangeiros.
A deputada comemorou a aceitação da denúncia, destacando a importância de responsabilizar os discursos de ódio. Em suas palavras, “a internet não é terra sem lei”. Ela também relatou que, em outubro, voltou a receber ameaças, o que a levou a solicitar reforço em sua segurança pessoal. A situação de ataques a parlamentares de esquerda tem se intensificado, refletindo um ambiente de hostilidade crescente.