- O Tribunal Superior Eleitoral inicia nesta terça-feira, 4 de novembro, julgamento que pode cassar o mandato do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), e torná-lo inelegível, com acusações de abuso de poder político e econômico na eleição de 2022.
- A investigação partiu de reportagens do UOL que apontaram contratações irregulares por meio do Cepelj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) e da UERJ, com saques que totalizaram R$ 248 milhões; a defesa afirma que as ações do governo foram legais.
- Além de Castro, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar (União Brasil), também é alvo do mesmo processo; o TRE-RJ o absolveu em 2024, e o caso chegou ao TSE após recurso do Ministério Público Eleitoral.
- O julgamento ocorre uma semana após operação policial em favelas do Rio que resultou em 121 mortes; pesquisas indicam apoio de parte da população à ação, o que pode fortalecer a base de Castro entre eleitores de direita; o processo será relatado pela ministra Isabel Galotti.
- A sessão pode ser adiada se houver pedido de vista; o desfecho pode influenciar o futuro político de Castro e o cenário eleitoral de 2026 no estado.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inicia nesta terça-feira, 4 de novembro, um julgamento crucial que pode resultar na cassação do mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), além de torná-lo inelegível. As acusações incluem abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2022, com foco em contratações irregulares de cabos eleitorais.
As investigações começaram após reportagens do UOL, que revelaram um esquema de contratações fraudulentas por meio do Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O Ministério Público apurou que os envolvidos no esquema realizaram saques em dinheiro que totalizam R$ 248 milhões. A defesa de Castro alega que todas as ações do governo foram legais e que não há relação com a campanha eleitoral.
Contexto do Julgamento
Além de Castro, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), também está sob julgamento, enfrentando as mesmas acusações. Ambos foram absolvidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) em 2024, mas o caso chegou ao TSE após um recurso do Ministério Público Eleitoral.
O julgamento acontece uma semana após uma operação policial que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, em favelas do Rio. Apesar da tragédia, pesquisas indicam que uma parte significativa da população fluminense aprovou a ação, o que pode ter fortalecido a posição de Castro entre os eleitores de direita. O caso será relatado pela ministra Isabel Galotti e conta com a participação de outros ministros do TSE.
A expectativa é alta em Brasília, com especulações de que o julgamento possa ser adiado por um pedido de vista. O desfecho deste processo pode influenciar não apenas o futuro político de Castro, mas também o cenário eleitoral de 2026 no estado.