- A aproximação entre antigos aliados de Lula e o Partido Liberal se intensifica, com foco nas eleições estaduais de 2026, envolvendo Ciro Gomes e Eduardo Paes e apoio de André Fernandes, além do aval de Valdemar Costa Neto.
- No Ceará, Ciro Gomes, hoje filiado ao PSDB, busca o apoio do PL para enfrentar o governador Elmano de Freitas (PT); ele diz que desavenças são superáveis e elogia André Fernandes, com apoio de Valdemar Costa Neto e Capitão Wagner.
- No Rio de Janeiro, Paes tenta aproximação com o PL, mas enfrenta resistência interna; deputado Filippe Poubel classificou a aliança como inviável e ameaça deixar o partido se houver apoio a Paes.
- Rodrigo Amorim, líder do governo na Assembleia, criticou Paes, chamando-o de camaleão político, apontando risco de confusão entre eleitores conservadores diante da queda de popularidade de Lula.
- Em ambos estados, crime organizado é tema central, com operações policiais destacando a expansão de facções; Ciro Gomes defende uma “facção do bem” e André Fernandes vê a aliança como resposta aos desafios locais.
A aproximação entre antigos aliados de Lula e o PL está se intensificando, com foco nas eleições estaduais de 2026. Políticos da centro-esquerda, como Ciro Gomes e Eduardo Paes, buscam apoio da sigla conservadora para viabilizar suas candidaturas. Essa movimentação ocorre em meio a um cenário de polarização política e conflitos internos no Rio de Janeiro.
O ex-candidato à presidência Ciro Gomes, agora filiado ao PSDB, busca apoio do PL para enfrentar o atual governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT). Gomes, que já foi ministro no governo Lula, considera a aliança com o PL fundamental para sua candidatura. Ele afirmou que as desavenças políticas são superáveis e elogiou André Fernandes, deputado do PL no Ceará, como um “jovem talento”. O apoio de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e do ex-deputado Capitão Wagner, confirma a estratégia de unir forças contra o PT na região.
Conflitos no Rio de Janeiro
Em contraste, a situação no Rio de Janeiro é mais complicada. O prefeito Eduardo Paes tenta se aproximar do PL, mas enfrenta resistência interna. O deputado estadual Filippe Poubel, do PL, declarou que a aliança com Paes é inviável, considerando-o um “braço direito de Lula” na cidade. Poubel e outros membros do PL ameaçam deixar a sigla se houver apoio ao prefeito carioca, o que evidencia a divisão dentro do partido.
Rodrigo Amorim, líder do governo na Assembleia Legislativa do Rio, também criticou Paes, chamando-o de “camaleão” político. Ele argumenta que o prefeito busca se distanciar de Lula após a queda de popularidade do presidente, mas isso pode gerar confusão entre os eleitores conservadores. A polarização política e as questões locais, como a segurança pública, devem dominar as discussões nas próximas eleições.
Desafios e o Crime Organizado
Tanto no Ceará quanto no Rio, o crime organizado é um tema central. Recentes operações policiais revelam a expansão das facções criminosas, que dominam territórios e geram insegurança. Ciro Gomes destacou a necessidade de uma “facção do bem” para combater essa realidade. O deputado André Fernandes defendeu que a aliança com Ciro é uma resposta aos desafios enfrentados pela população cearense.
Esses movimentos políticos refletem a complexidade do cenário eleitoral brasileiro, onde alianças inusitadas podem surgir em resposta a contextos regionais e à polarização crescente. A articulação entre o PL e figuras históricas da centro-esquerda pode ser crucial para as eleições de 2026, mas os conflitos internos e a opinião pública continuarão a desempenhar papéis significativos nas decisões políticas.