- A Polícia Judiciária lançou a operação Terra Limpa em Ourém, com 25 mandados de busca na Câmara Municipal e em três empresas do grupo Verdasca & Verdasca; a ação investiga violações urbanísticas, poluição, corrupção, fraude na obtenção de subsídios e branqueamento de capitais, com o apoio da Procuradoria Europeia e do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Évora.
- A Verdasca & Verdasca negou irregularidades, afirmou que licenciamento e deposição de resíduos estão dentro da normalidade e que a candidatura a subsídios foi indeferida por falta de licenças.
- A investigação aponta atividades industriais do grupo possivelmente ocorrendo em áreas de reserva ecológica sem licenças, construção de unidade industrial em operação irregular e suspeita de depósito clandestino de resíduos.
- Os projetos investigados envolvem candidaturas a subsídios que somam 19 milhões de euros, com pelo menos 5,5 milhões de euros já pagos; a Câmara Municipal de Ourém afirmou ter colaborado, fornecendo documentação de licenciamento.
- A operação Terra Limpa reforça o constante esforço da Polícia Judiciária no combate a práticas ilícitas no setor industrial, com investigações que devem esclarecer a extensão das irregularidades e responsabilizar os envolvidos.
A Polícia Judiciária (PJ) deu início à operação Terra Limpa, realizando buscas na Câmara Municipal de Ourém e em três empresas do grupo Verdasca & Verdasca. A ação visa investigar supostas violações de regras urbanísticas, poluição, corrupção, fraude na obtenção de subsídios e branqueamento de capitais. Os mandados de busca, totalizando 25, foram executados no contexto de inquéritos conduzidos pela Procuradoria Europeia e pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Évora.
A empresa Verdasca & Verdasca, alvo das investigações, emitiu um comunicado negando qualquer irregularidade em seus processos de licenciamento e na deposição de resíduos. Segundo a nota, as operações seguem dentro da normalidade e não há relação com subsídios comunitários. A empresa afirmou que a candidatura mencionada pela PJ foi indeferida devido à falta de licenças necessárias.
Detalhes da Investigação
A investigação da PJ aponta que as atividades industriais do grupo podem ter ocorrido em áreas de reserva ecológica, sem as licenças apropriadas. A construção de uma unidade industrial, que estaria operando ilegalmente, é um dos focos da apuração. Além disso, há suspeitas sobre o depósito clandestino de resíduos na região.
Os projetos investigados envolvem candidaturas a subsídios que somam 19 milhões de euros, com pagamentos já realizados de pelo menos 5,5 milhões de euros. A Câmara Municipal de Ourém declarou que colaborou com as autoridades durante as buscas, fornecendo documentação relacionada ao processo de licenciamento.
A operação Terra Limpa reflete um esforço contínuo da PJ em combater práticas ilícitas no setor industrial, especialmente em áreas sensíveis do ponto de vista ambiental. As investigações prosseguem para esclarecer a extensão das irregularidades e responsabilizar os envolvidos.