- Um cabo da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Mirandela foi detido pela Polícia Judiciária (PJ), indiciado por peculato, falsidade informática e falsificação de documentos, com 45 anos de idade.
- O militar é suspeito de desviar dinheiro de multas aplicadas a motoristas, alegando avarias nos terminais de multibanco para justificar o pagamento em dinheiro.
- Durante as operações Stop, ele instruía os infratores a sacar dinheiro nas caixas eletrónicas para pagar as multas, dizendo que o equipamento da patrulha estava com problemas; após o pagamento, não registrava as infrações ou apagava os autos do sistema.
- O esquema veio à tona quando vítimas tentaram contestar multas que não apareciam no sistema, mesmo com comprovantes de pagamento. O militar permanece em custódia e deverá ser apresentado a um juiz para interrogatório.
- A detenção ocorreu na sequência de investigações da PJ; o caso levanta questões sobre a integridade das operações da GNR e sobre a necessidade de maior supervisão e transparência nas fiscalizações de trânsito.
Um cabo da GNR de Mirandela foi detido pela Polícia Judiciária, acusado de peculato, falsidade informática e falsificação de documentos. O militar, de 45 anos, é suspeito de desviar dinheiro de multas aplicadas a motoristas, alegando problemas nos terminais de multibanco.
Durante as operações de fiscalização de trânsito, conhecidas como operações Stop, o cabo instruía os infratores a sacar dinheiro em caixas eletrônicas para pagar as multas, afirmando que o equipamento da patrulha estava com problemas. Após o pagamento, ele supostamente não registrava as infrações ou as apagava do sistema.
Esse esquema foi descoberto após algumas vítimas tentarem contestar as multas, que não apareciam no sistema, mesmo com comprovantes de pagamento em mãos. A investigação da Polícia Judiciária culminou na detenção do militar, que permanecerá sob custódia e será apresentado a um juiz para o primeiro interrogatório.
Detalhes da Operação
As fiscalizações ocorriam frequentemente nas proximidades de caixas de multibanco, facilitando o acesso ao dinheiro. O caso levanta preocupações sobre a integridade das operações da GNR e a confiança do público nas forças de segurança. O cabo detido foi levado para as celas da GNR de Macedo de Cavaleiros, conforme estipulado pelo Estatuto dos Militares da Guarda.
A investigação ainda está em andamento, e a Polícia Judiciária busca compreender a extensão das irregularidades e se outros envolvidos possam ser responsabilizados. O caso destaca a necessidade de maior supervisão e transparência nas práticas de fiscalização de trânsito.