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Governo diz que relatório Derrite limitará atuação da PF

Governo acusa Derrite de tentar restringir atuação da Polícia Federal e deslocar investigações para a Polícia Civil, condicionadas ao aval de governadores

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Governo Lula afirmou que paracer de Derrite para o PL antifacção restringe a atuação da PF em investigações contra o crime organizado. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)
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  • O governo Lula denunciou que o deputado Guilherme Derrite está tentando limitar a atuação da Polícia Federal (PF) em investigações sobre organizações criminosas, ao inserir no parecer sobre o projeto de lei antifação a ideia de deslocar casos para a Polícia Civil e exigir autorização de governadores.
  • Gleisi Hoffmann classificou o parecer como “salvo-conduto” para o crime organizado, ressaltando que a mudança poderia impedir a PF de agir em operações como a Carbono Oculto, no estado de São Paulo.
  • Secretários do Ministério da Justiça, Mário Sarrubbo e Marivaldo Pereira, afirmaram que a proposta é inconstitucional e pode representar presente de Natal às facções criminosas.
  • O relatório propõe um Artigo 2º-A na Lei Antiterrorismo, com a criação de uma classificação diferenciada para crimes de facções: a Polícia Federal ficaria responsável por crimes não previstos no novo artigo, enquanto delitos de facções seriam da Polícia Civil, com tramitação na Justiça Estadual.
  • A tensão entre as esferas federal e estadual sobre segurança pública é destacada pelos críticos, que veem a medida como uma tentativa de limitar a atuação federal no combate ao crime organizado.

O governo Lula (PT) denunciou nesta segunda-feira (10) que o deputado Guilherme Derrite (PP-SP) está tentando limitar a atuação da Polícia Federal (PF) em investigações sobre organizações criminosas. A crítica surgiu em resposta ao parecer de Derrite sobre o projeto de lei antifacção, que, segundo a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, funcionaria como um “salvo-conduto” para o crime organizado.

A proposta de Derrite sugere que a investigação de crimes relacionados a facções seja transferida para a Polícia Civil, condicionando a participação da PF à autorização dos governadores. Gleisi enfatizou que tal mudança poderia ter impedido a PF de agir em operações como a Carbono Oculto, que investiga facções no estado de São Paulo. O governo teme que a proposta represente um presente de Natal para as quadrilhas, segundo os secretários do Ministério da Justiça.

Críticas à Proposta

Os secretários Mário Sarrubbo e Marivaldo Pereira classificaram a proposta como inconstitucional, alertando que ela cria barreiras à atuação da PF. Sarrubbo ressaltou que a Constituição não impõe limites à PF em casos de crimes com repercussão interestadual. A proposta também é comparada à “PEC da blindagem”, que visava restringir investigações contra parlamentares, mas foi rejeitada no Senado.

Detalhes do Relatório

O relatório de Derrite propõe uma nova classificação para crimes de facções, inserindo um Art. 2º-A na Lei Antiterrorismo. Essa mudança busca reconhecer que as ações de organizações criminosas têm efeitos similares aos atos de terrorismo. Enquanto a PF poderá investigar crimes não previstos no novo artigo, os delitos relacionados a facções seriam de responsabilidade da Polícia Civil, com tramitação na Justiça Estadual.

Derrite argumenta que a proposta visa manter a coerência do sistema penal, mas o governo vê nela uma tentativa de limitar a PF em sua função essencial de combate ao crime organizado. A tensão entre as esferas federal e estadual em relação à segurança pública continua a ser um tema central nas discussões legislativas.

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