- Suharto foi oficialmente homenageado como herói nacional em cerimônia realizada na manhã de dez de novembro de dois mil e vinte e cinco, presidida pelo presidente Prabowo Subianto.
- A decisão gerou intensas manifestações de ativistas pró-democracia e de famílias de vítimas, que acusam revisionismo histórico.
- O governo afirma que Suharto foi herói da luta pela independência, destacando sua atuação contra os colonizadores holandeses em mil novecento e quarenta e nove.
- Ativistas e grupos de direitos humanos, como a Anistia Internacional, reagiram; Usman Hamid disse que é absurdo reconhecer o general como herói, dado o período de violência que vitimou mais de quinhentos mil pessoas durante a ascensão dele ao poder em mil novecentos e sessenta e cinco.
- Suharto chegou ao poder após golpe militar em mil novecentos e sessenta e cinco, foi deposto em mil novecentos e noventa e oito, e Prabowo, ex-genro dele, tem enfrentado críticas pela militarização da política e pela ligação com o passado autoritário.
Suharto, que governou a Indonésia por mais de três décadas, foi oficialmente homenageado como herói nacional em uma cerimônia realizada na manhã de segunda-feira, 10 de novembro de 2025, presidida pelo atual presidente, Prabowo Subianto. A decisão gerou *intensas manifestações* de ativistas e familiares de vítimas do regime, que acusam o governo de revisionismo histórico.
A homenagem ocorre em um contexto de crescente preocupação com a *revisão* do legado de Suharto, que é amplamente lembrado por corrupção, nepotismo e graves violações dos direitos humanos. O governo defendeu a concessão do título, afirmando que Suharto foi um “herói da luta pela independência” e destacando suas contribuições durante a luta contra os colonizadores holandeses em 1949.
Reações e Protestos
Ativistas e grupos de direitos humanos, como a Anistia Internacional, expressaram indignação. Usman Hamid, da Anistia Internacional Indonésia, afirmou que é “absurdo” reconhecer Suharto como herói, dado seu papel em um dos maiores genocídios da história indonésia, onde estima-se que mais de 500 mil pessoas foram mortas durante sua ascensão ao poder em 1965.
Protestos em Jakarta, onde manifestantes se reuniram em frente ao palácio presidencial, foram marcados por cartazes que diziam “Parem o branqueamento do general da carnificina”. As manifestações refletem a resistência da sociedade civil contra a tentativa de reescrever a história.
Contexto Histórico
Suharto chegou ao poder após um golpe militar em 1965 e foi deposto em 1998, em meio a uma crise econômica e protestos massivos. Desde sua morte em 2006, discussões sobre seu legado têm gerado polêmica. Prabowo, que é ex-genro de Suharto, tem sido criticado por sua crescente militarização da política indonésia e por sua ligação com o passado autoritário do país.
A decisão do governo de conceder a Suharto o título de herói nacional levanta questões sobre a memória coletiva da Indonésia e a luta contínua por justiça e reconhecimento das vítimas de seu regime.