- Desde dois mil e vinte e três, o presidente Xi Jinping intensificou uma campanha anticorrupção no Exército Popular de Libertação, destituindo dezenas de oficiais de alto escalão e reformando a Comissão Militar Central.
- Em 2025, a purga se aprofundou com a expulsão do general He Weidong, ex-vice-presidente da Comissão Militar Central, anunciada em dezessete de outubro junto com outros oito oficiais por corrupção.
- He Weidong tornou-se o general de maior patente destituído desde a era Mao Zedong; a ausência dele em eventos públicos e seu discurso anti-corrupção sinalizaram que sua posição estava comprometida.
- A reestruturação da Comissão Militar Central mantém duas vagas abertas, além de buscar generais fiéis a Xi, com o objetivo de eliminar facções divergentes e consolidar o controle político sobre promoções no EPL.
- A purga levanta dúvidas sobre o controle de Xi sobre as forças armadas: desde dois mil e vinte e três, quatorze dos setenta e nove generais promovidos sob seu governo foram investigados ou destituídos, destacando uma dinâmica de poder em constante mudança dentro do EPL, especialmente na Força de Foguetes.
Desde 2023, o presidente da China, Xi Jinping, intensificou uma campanha anticorrupção no Exército Popular de Libertação (EPL), resultando na destituição de dezenas de oficiais de alto escalão. Em 2025, a purga se aprofundou com a expulsão do general He Weidong, que ocupava o cargo de vice-presidente da Comissão Militar Central (CMC). Essa ação é vista como parte da estratégia de Xi para assegurar a lealdade de generais fiéis ao seu governo.
A expulsão de He foi anunciada em 17 de outubro, juntamente com outros oito oficiais, acusados de corrupção. Essa sequência de demissões começou em 2023, com a queda de figuras como Li Shangfu e Wei Fenghe. A ausência de He em eventos públicos e seu discurso sobre a luta contra a corrupção foram sinais de que sua posição estava comprometida. Ele se tornou o general de maior patente destituído desde a era de Mao Zedong.
Reestruturação da CMC
A CMC, que supervisiona as forças armadas, está passando por uma reorganização significativa. Com a expulsão de He, a cúpula da CMC ficou com duas vacâncias, além da necessidade de nomear generais que sejam leais a Xi. Especialistas acreditam que o presidente busca eliminar facções divergentes e consolidar seu controle sobre as promoções dentro do EPL.
Analistas, como Lin Ying-Yu, professor da Universidade de Tamkang, destacam que essa purga é uma tentativa de Xi de “resetar o sistema”. A ênfase na luta anticorrupção também serve para fortalecer a imagem do Partido Comunista, ao mesmo tempo em que remove aqueles que não demonstram lealdade incondicional.
Implicações Estratégicas
A purga no EPL levanta questões sobre o controle de Xi sobre as forças armadas. Desde 2023, 14 dos 79 generais promovidos sob sua liderança foram investigados ou destituídos. Isso sugere uma dinâmica de poder em constante mudança dentro do exército, onde até mesmo aliados próximos podem ser alvos de investigações.
A estrutura reorganizada da CMC não apenas busca garantir a lealdade dos novos generais, mas também reflete uma preocupação com a corrupção dentro de unidades estratégicas, como a Força de Cohetes. A modernização militar, impulsionada por Xi, requer um EPL que permaneça sob controle rígido, especialmente em um contexto geopolítico tenso.
O EPL, que é essencialmente o exército do Partido Comunista, continua a ser um pilar fundamental para a manutenção do regime de Xi. O fortalecimento da lealdade e a depuração de elementos considerados desleais são passos críticos para garantir a estabilidade do governo chinês.