- O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o governador Mauro Mendes (União Brasil) voltaram a se enfrentar nesta semana: Mendes chamou Eduardo de “louco” por defender tarifas contra o Brasil.
- Eduardo reagiu acusando Mendes de frouxidão e citou a perseguição que acredita sofrer do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, afirmando que não deve ser responsabilizado pela sua própria frouxidão.
- As críticas ocorrem em meio ao julgamento da Procuradoria-Geral da República no STF sobre a denúncia de coação ligada à tentativa de golpe de Estado.
- O atrito já existia, lembrando que Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro articulando ações contra o Brasil.
- O desentendimento pode impactar as bases de apoio dos dois e depende da decisão do STF sobre o caso, que pode abrir caminho para desfechos jurídicos para Eduardo.
O embate entre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), ganhou novos contornos nesta semana. O desentendimento, que já era evidente, se intensificou com Mendes chamando Eduardo de “louco” por suas propostas de tarifas contra o Brasil. A troca de ofensas ocorre em um momento crítico, próximo ao julgamento da Procuradoria-Geral da República (PGR) no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a denúncia de coação relacionada à tentativa de golpe de Estado.
Na última sexta-feira, Mendes criticou Eduardo por estar “longe da realidade” ao defender o que chamou de “tarifaço” inspirado em políticas de Donald Trump. O governador afirmou que Eduardo está cometendo um “grande equívoco” e sugeriu que ele deveria permanecer em silêncio. Em resposta, Eduardo acusou Mendes de “frouxidão” e mencionou a perseguição que acredita sofrer do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. “Não me culpe pela sua frouxidão”, disse Eduardo, referindo-se à sua situação de exílio nos Estados Unidos.
Contexto do Conflito
A tensão entre os dois políticos não é nova. Eduardo Bolsonaro reside nos Estados Unidos desde fevereiro, onde tem articulado ações que visam pressionar o Brasil e suas autoridades. O atual desentendimento se dá em um contexto de incertezas, com o julgamento no STF podendo torná-lo réu em uma ação penal. Se a maioria da Primeira Turma do STF aceitar a denúncia, Eduardo enfrentará um processo que poderá resultar em condenação ou absolvição.
O cenário político se torna ainda mais complexo com a proximidade do julgamento, o que poderia influenciar a dinâmica das relações entre os políticos e suas respectivas bases de apoio. A expectativa agora gira em torno da decisão do STF e das repercussões que isso poderá ter para ambos os lados, especialmente para Eduardo, que já enfrenta um momento delicado em sua carreira política.