- Na última segunda-feira, 10 de novembro, o empresário Igor Dias Delecrode, figura central em um esquema de fraudes no INSS, permaneceu em silêncio durante depoimento na CPMI, respaldado por habeas corpus do Supremo Tribunal Federal.
- Parlamentares reagiram com revolta, acusando o Judiciário de blindagem institucional e minando a autoridade da comissão.
- Delecrode é associado ao grupo conhecida como “golden boys” e sua empresa é apontada como responsável por movimentar R$ 1,4 bilhão através de acordos que permitiram descontos indevidos em benefícios de aposentados; a Polícia Federal investiga seu estilo de vida luxuoso, incluindo uma Ferrari avaliada em R$ 4 milhões.
- A CPMI, presidida por Carlos Viana, recebeu críticas do relator Alfredo Gaspar, que chamou o silêncio de covardia institucional e sugeriu que a comissão poderia estar protegendo outros envolvidos; delações premiadas seriam caminho para desvendar o núcleo político do esquema.
- Investigações indicam que os acordos ocorreram nos últimos meses do governo Bolsonaro, levantando suspeitas de conexões políticas e possíveis doações de campanha ligadas ao grupo.
Na última segunda-feira, 10 de novembro, o empresário Igor Dias Delecrode, figura central em um esquema de fraudes no INSS, permaneceu em silêncio durante seu depoimento na CPMI. A decisão de não responder perguntas foi respaldada por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF), gerando revolta entre os parlamentares. Eles acusaram o Judiciário de blindar investigados, minando a autoridade da comissão.
Delecrode, de 28 anos, é associado a um grupo conhecido como “golden boys”, jovens que rapidamente enriqueceram no setor de crédito e tecnologia. Sua empresa é suspeita de movimentar R$ 1,4 bilhão através de acordos que permitiram descontos indevidos em benefícios de aposentados. A Polícia Federal investiga seu estilo de vida luxuoso, que inclui uma Ferrari avaliada em R$ 4 milhões.
A CPMI, presidida por Carlos Viana, recebeu duras críticas por parte de seus membros, incluindo o relator Alfredo Gaspar, que apontou que o silêncio do empresário representa uma covardia institucional do Congresso frente ao STF. Gaspar sugeriu que a comissão poderia estar protegendo outros envolvidos e que a única forma de desvendar o núcleo político do esquema seria através de delações premiadas.
As investigações também revelam que os acordos que possibilitaram os descontos foram firmados nos últimos meses do governo Bolsonaro, levantando suspeitas sobre conexões políticas. Parlamentares acreditam que a relação do grupo com ex-ministros e possíveis doações de campanha pode ser crucial para entender a profundidade do esquema.