- PF prendeu Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, durante a operação Sem Desconto; a defesa afirma que a prisão é ilegal.
- Stefanutto comandou o INSS desde julho de 2023, com promessas de modernizar o órgão e reduzir filas, que chegavam a 1,7 milhão de requerimentos pendentes.
- A carreira pública dele começou como técnico da Receita Federal em 1993; atuou na AGU como procurador federal, principalmente na área previdenciária.
- Teve vínculos com o governo Lula, atuando como consultor em Previdência na transição; filiou-se ao PDT em janeiro de 2025 e foi demitido do INSS em abril de 2025 após decisão judicial.
- A operação investiga descontos indevidos no INSS, tema relevante para a gestão da previdência social e para a governança das instituições.
A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira (13), Alessandro Stefanutto, ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A detenção ocorreu durante a nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de descontos indevidos na autarquia. A defesa de Stefanutto alega que a prisão é “completamente ilegal”.
Stefanutto, formado em Direito pela Universidade Mackenzie, iniciou sua carreira pública como técnico da Receita Federal em 1993. Ele atuou na Advocacia-Geral da União (AGU), onde se destacou como procurador federal, especialmente no âmbito previdenciário. Em julho de 2023, assumiu a presidência do INSS, prometendo modernizar o órgão e reduzir as filas de atendimento, que na época ultrapassavam 1,7 milhão de requerimentos pendentes.
O ex-presidente do INSS já tinha vínculos com o governo Lula, tendo atuado como consultor em assuntos de Previdência durante a transição de governo. Em janeiro de 2025, Stefanutto se filiou ao PDT, partido de Carlos Lupi. Contudo, sua passagem pelo INSS foi marcada por polêmicas, incluindo sua demissão em abril de 2025, após decisão judicial que o afastou do cargo.
Contexto da Operação Sem Desconto
A Operação Sem Desconto visa apurar irregularidades relacionadas a descontos indevidos no INSS, um tema sensível em um país onde a previdência social é um dos pilares do sistema de seguridade. A investigação está em andamento e pode ter desdobramentos significativos para a gestão do órgão.
Stefanutto também é autor de um livro sobre direitos humanos, publicado em 2021, que recebeu prefácio de Maria da Penha. Sua trajetória na administração pública e sua recente prisão levantam questões sobre a governança e a transparência nas instituições brasileiras.