- A Quaest aponta queda de aprovação de Lula para 47% e aumento da desaprovação para 50%, com indecisos estáveis; entre eleitores independentes, desaprovação atinge 52%.
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- Críticas vieram após Lula dizer que traficantes são vítimas dos usuários de drogas e após a megaoperação de segurança no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes, sendo 4 delas de policiais; a operação teve aprovação de cerca de 70% da população, e Lula a classificou como desastrosa.
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- A maioria da população, 57%, discorda da avaliação de Lula sobre a operação no Rio, e 81% rejeitam a ideia de que traficantes são vítimas.
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- No cenário eleitoral, Lula ainda lidera intenções de voto para 2026, mas a distância para adversários diminuiu; Bolsonaro (PL) poderia empatar tecnicamente em um segundo turno, ainda que seja inelegível.
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- Dados da pesquisa: realizada entre 6 e 9 de novembro, com 2.004 pessoas, margem de erro de 2 pontos percentuais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um declínio na aprovação popular, conforme pesquisa da Quaest, divulgada nesta quarta-feira (12). A desaprovação do governo atingiu 50%, enquanto a aprovação caiu para 47%. Esse cenário surge após declarações controversas de Lula sobre traficantes e a recente megaoperação de segurança pública no Rio de Janeiro.
As críticas começaram quando Lula afirmou que traficantes são vítimas dos usuários de drogas. Essa declaração, feita durante uma viagem à Malásia, gerou forte repercussão negativa. Em seguida, a operação no Rio, que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, foi aprovada por cerca de 70% da população. No entanto, Lula a classificou como “desastrosa”, o que intensificou a insatisfação popular.
Impacto no Eleitorado Independente
A pesquisa também revelou um aumento significativo na desaprovação entre os eleitores independentes, que agora chega a 52%. Em outubro, a desaprovação nesse grupo estava em 48%, refletindo uma mudança drástica na percepção sobre a segurança pública. O cientista político Samuel Oliveira destaca que o eleitor independente não está mais disposto a adiar o debate sobre o crime, exigindo uma postura mais firme do governo.
A maioria da população, 57%, discorda da avaliação de Lula sobre a operação no Rio, e 81% rejeitam a ideia de que os traficantes são vítimas. Essa desconexão entre as falas do presidente e as expectativas da sociedade pode ter consequências sérias para sua imagem e futuro político.
Cenário Eleitoral
Além disso, a pesquisa indica que, embora Lula ainda liderasse as intenções de voto para 2026, a distância em relação aos adversários diminuiu. A situação se torna ainda mais complexa com a possibilidade de Jair Bolsonaro (PL) empatar tecnicamente com Lula em um eventual segundo turno, apesar de Bolsonaro ser inelegível para o próximo ano.
O diretor da Quaest, Felipe Nunes, observa que a falta de ação e a comunicação inadequada sobre segurança pública interromperam a “lua de mel” entre Lula e os eleitores independentes. A pesquisa, realizada entre 6 e 9 de novembro, ouviu 2.004 pessoas e possui uma margem de erro de 2 pontos percentuais.