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O Parlamento francês suspende a polêmica reforma da previdência de Macron

Parlamento francês suspende a reforma das pensões de 2023; votação ficou 255 a 146, sinalizando obstáculos até 2027 com apoio de socialistas, Le Pen e ecologistas

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Daniel Verdú
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  • O Parlamento francês suspendeu a reforma da lei de pensões, aprovada em 2023, com 255 votos a favor e 146 contra; a suspensão não altera a lei, mas indica obstáculos até 2027.
  • O apoio à suspensão veio de socialistas, Marine Le Pen e ecologistas; Republicanos se opuseram e macronistas abstiveram-se.
  • O episódio representa um revés para o presidente Emmanuel Macron e o partido Renaissance. O ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que se absteve, disse que não votaram com alegria, mas com lucidez.
  • A suspensão ocorre no contexto de negociações sobre o projeto de lei de financiamento da Segurança Social, com o governo prometendo manter a suspensão até as eleições presidenciais de 2027.
  • A esquerda permanece dividida: a França Insumisa votou contra a suspensão, ainda que já tivesse rejeitado a reforma.

O Parlamento francês decidiu suspender a reforma da lei de pensões, aprovada em 2023, com 255 votos a favor e 146 contra. Essa decisão, que não altera a legislação atual, reflete a crescente instabilidade política em torno do governo de Emmanuel Macron, especialmente em um momento em que o apoio do Partido Socialista se tornou crucial para a manutenção do Executivo.

A reforma, que previa o aumento da idade de aposentadoria de 62 para 64 anos, gerou intensos debates entre a esquerda e a direita. O apoio à suspensão veio de uma coalizão inesperada, incluindo socialistas, a ultradireita de Marine Le Pen e ecologistas. Por outro lado, os Republicanos, representando a direita gaullista, se opuseram à medida, enquanto os macronistas, que inicialmente defenderam a reforma, optaram pela abstenção.

Consequências Políticas

A votação marca um revés significativo para Macron e seu partido, Renaissance. O ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que se absteve, reconheceu que a suspensão não é benéfica para a economia do país. “Não votamos com alegria, mas com lucidez”, afirmou, referindo-se ao compromisso com o Partido Socialista.

A suspensão da reforma se insere em um contexto mais amplo de negociações sobre o projeto de lei de financiamento da Segurança Social. O governo se comprometeu a suspender a reforma até as eleições presidenciais de 2027, o que pode indicar um cenário de incerteza política para o futuro.

A divisão na esquerda também é evidente, com a França Insumisa votando contra a suspensão, apesar de ter rejeitado a reforma anteriormente. Essa situação revela a complexidade das alianças políticas em um momento crítico para a governabilidade do país.

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