- Paulo Gonet, 64 anos, foi reconduzido ao cargo de procurador-geral da República em 12 de novembro de 2025, com 45 votos a favor e 26 contrários no Senado; mandato de dois anos.
- A confirmação ocorreu com mínimo de 41 votos e ocorre em um cenário de forte polarização política.
- Formação: graduado em Direito pela Universidade de Brasília; ingressou na carreira em 1987.
- Entre julho de 2021 e novembro de 2023 atuou como representante do Ministério Público Eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral, defendendo a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, posição acolhida pelo tribunal.
- Gonet tem proximidade com ministros do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes; perfil conservador, porém discreto. Em sabatina, afirmou não interferir em outros Poderes e manter a PGR distante de disputas políticas; o mandato ocorre em meio a tensões entre governo e aliados de Bolsonaro, com expectativa de atuação técnica e racional.
Paulo Gonet, de 64 anos, foi reconduzido ao cargo de procurador-geral da República nesta quarta-feira, 12 de novembro de 2025. A votação no Senado resultou em 45 votos a favor e 26 contrários, com um mínimo de 41 votos necessários para a confirmação. Gonet assume um novo mandato de dois anos em um cenário de intensa polarização política.
Graduado em Direito pela Universidade de Brasília, Gonet ingressou na carreira de procurador da República em 1987. De julho de 2021 até novembro de 2023, atuou como representante do Ministério Público Eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde defendeu a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, uma posição que foi aceita pelo tribunal.
Relações e Desafios
Gonet é conhecido por sua proximidade com os ministros do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, com quem compartilha laços acadêmicos. Apesar de ser considerado um procurador de perfil conservador, ele mantém uma postura discreta e avessa à exposição pública. Durante sua sabatina no Senado, reafirmou seu compromisso de não interferir nas atividades de outros Poderes e de manter a Procuradoria-Geral da República (PGR) distante de disputas políticas.
O novo mandato de Gonet ocorre em um momento de tensão, com setores do governo esperando que sua atuação contribua para a estabilidade institucional. Por outro lado, aliados de Bolsonaro expressam preocupações sobre possíveis investigações envolvendo o ex-presidente e seus associados. A expectativa é que Gonet mantenha a PGR agindo de maneira técnica e reservada, priorizando a racionalidade jurídica em suas decisões.
