- A CPMI do INSS realizou nesta quinta-feira a oitiva de Eric Douglas Martins Fidelis, advogado e filho do ex-diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis, conforme registrado em sessão ocorrida no dia 13.
- O relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), anunciou a prisão de André Fidelis, que estava foragido após não comparecer a convocações anteriores, sob alegação de problemas de saúde.
- Gaspar afirmou que a prisão poderia ter sido evitada se André Fidelis tivesse ido prestar esclarecimentos.
- Eric Fidelis apresentou habeas corpus para se resguardar e recusou o compromisso de dizer a verdade.
- As investigações apontam André Fidelis como figura central em esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, com Polícia Federal indicando recebimento de R$ 142 milhões em 2024 para autorizar os descontos, beneficiando cinco associações; o ex-diretor teria recebido, pelo menos, R$ 5,1 milhões pelo escritório de advocacia do filho. A CPMI busca esclarecer a relação entre Eric, André e as associações.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS realizou nesta quinta-feira (13) a oitiva de Eric Douglas Martins Fidelis, advogado e filho do ex-diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis. Durante o depoimento, o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), anunciou a prisão de André, que estava foragido após não comparecer a convocações anteriores, alegando problemas de saúde.
Gaspar enfatizou que a prisão de André poderia ter sido evitada se ele tivesse comparecido para prestar esclarecimentos. O deputado afirmou: “Se ele tivesse vindo prestar esclarecimento, talvez não fosse preso.” Eric Fidelis, por sua vez, apresentou um habeas corpus para se resguardar, recusando-se a assumir o compromisso de dizer a verdade, uma prática comum entre investigados.
Investigação das Fraudes
As investigações da CPMI apontam André Fidelis como figura central em um esquema de fraudes envolvendo a concessão de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Relatórios da Polícia Federal indicam que ele teria recebido R$ 142 milhões em 2024 em troca de autorizações para esses descontos, beneficiando cinco associações.
Além disso, o ex-diretor teria recebido pelo menos R$ 5,1 milhões através do escritório de advocacia de seu filho. A CPMI busca esclarecer a relação entre Eric e seu pai, assim como a conexão deles com as associações sob investigação. O relator fez um apelo direto a Eric, sugerindo que sua colaboração poderia impactar positivamente a situação de André.
As investigações continuam, e a CPMI espera que mais informações sejam reveladas nas próximas oitivas.