- A Polícia Federal deflagrou a nova fase da Operação Coffee Break, com foco em Carla Trindade, ex-nora do presidente Lula, e em familiares do ex-presidente; as ações ocorreram nesta quinta-feira, 13 de novembro, com buscas e apreensões na casa de Trindade, apontada como central em esquema de tráfico de influência em Brasília para contratos superfaturados de materiais educacionais.
- Também é alvo da operação o empresário Kalil Bittar, ex-sócio de Marcos Cláudio Lula da Silva; Bittar é irmão de Fernando Bittar, um dos proprietários do sítio de Atibaia; a PF alega que ele recebia uma “mesada” para defender interesses junto ao governo, sugerindo uma rede de relações familiares no poder.
- Simultaneamente, a PF prendeu o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em relação a fraudes em benefícios previdenciários; ao todo, foram emitidos nove mandados de prisão e 63 de busca e apreensão em 14 estados e no Distrito Federal, na operação Sem Desconto.
- O professor da FGV, Daniel Vargas, destacou a importância das novas investigações para a CPI do INSS, afirmando que a “muralha” de bloqueios na mídia e no Judiciário tende a ruir, aumentando a transparência sobre escândalos envolvendo o INSS e o entorno de Lula.
- As ações da PF apontam para um retorno da vigilância sobre práticas corruptas associadas à era Lava Jato, reacendendo debates sobre a relação entre política e corrupção no país.
A Polícia Federal (PF) deflagrou uma nova fase da Operação Coffee Break, com foco na ex-nora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Carla Trindade, e em familiares do ex-presidente. As ações ocorreram nesta quinta-feira, 13 de novembro, e incluem buscas e apreensões na casa de Trindade, ex-mulher de Marcos Cláudio Lula da Silva, filho de Lula. Ela é apontada como central em um esquema de tráfico de influência em Brasília, que facilitava contratos superfaturados para fornecimento de materiais educacionais.
Além de Trindade, o empresário Kalil Bittar, ex-sócio de Marcos Cláudio, também é alvo da operação. Bittar é irmão de Fernando Bittar, um dos proprietários do sítio de Atibaia, que já foi investigado pela Lava Jato. A PF alega que Bittar recebia uma “mesada” para defender interesses junto ao governo, indicando uma rede de relações familiares que permeia o poder estatal.
Prisões em Esquema de Fraude
Simultaneamente, a PF prendeu o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, em uma operação relacionada a fraudes em benefícios previdenciários. No total, foram expedidos nove mandados de prisão e 63 de busca e apreensão em 14 estados e no Distrito Federal. A operação, chamada Sem Desconto, visa desmantelar um esquema que estava em andamento há anos.
O professor da FGV, Daniel Vargas, comentou sobre a relevância das operações, afirmando que a CPI do INSS enfrentava um bloqueio significativo na mídia e no Judiciário. Ele destacou que agora, com as novas investigações, essa “muralha” parece estar começando a ruir, permitindo uma maior transparência sobre os escândalos de corrupção que envolvem o INSS e o círculo próximo a Lula.
Essas ações da PF sinalizam um retorno à vigilância sobre práticas corruptas que marcaram a era da Lava Jato, levantando novamente discussões sobre a relação entre política e corrupção no Brasil.