- Lula retorna a Brasília após a COP trinta e reabre negociações para indicar ministro do Supremo Tribunal Federal (STF); Messias continua favorito, mas enfrenta resistência no Senado.
- A posse de Paulo Gonet como Procuradoria-Geral da República (PGR) foi aprovada com apenas quarenta e cinco votos, gerando alerta no Planalto sobre a oposição.
- Rodrigo Pacheco surge como opção com maior trânsito entre senadores; o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, sinaliza que Messias pode ter dificuldade de aprovação.
- Lula planeja uma série de reuniões para consolidar apoio antes do anúncio; setores do Partido dos Trabalhadores defendem Messias pela qualificação, ressaltando sua competência.
- Além de Messias e Pacheco, o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, é cogitado; o presidente já iniciou conversas com outros nomes para ampliar negociações.
Após a conclusão da COP 30 em Belém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retornou a Brasília e reabriu as negociações para a indicação de um novo ministro ao Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado-geral da União, Jorge Messias, continua sendo o favorito, mas enfrenta crescente resistência no Senado. A recente aprovação apertada de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR), com apenas 45 votos favoráveis, acendeu um alerta no Planalto.
Lula, ciente das dificuldades, planeja uma série de reuniões para consolidar apoio político antes de anunciar oficialmente seu escolhido. Entre os nomes que ganham força, destaca-se Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado, que possui mais trânsito entre os senadores. O atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), um dos aliados de Lula, já sinalizou que Messias pode ter dificuldades para ser aprovado.
Pressões no Senado
A resistência no Senado foi evidenciada não apenas pela votação de Gonet, mas também pelo clima tenso que pode cercar a futura sabatina de Messias. O líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), já transmitiu a Pacheco que Lula deseja dialogar sobre a indicação. Segundo Wagner, apesar das resistências, o Planalto ainda mantém Messias como sua escolha.
Setores do PT, no entanto, defendem a indicação de Messias, destacando sua qualificação como um dos melhores juristas do país. O presidente do PT, Edinho Silva, ressaltou que a escolha só será anunciada quando houver segurança de que o nome será aceito pelo Senado.
Alternativas em Consideração
Além de Messias e Pacheco, o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, também é cogitado. Dantas possui apoio entre ministros do STF e setores da elite jurídica, o que pode torná-lo uma opção viável. Nos bastidores, Lula já iniciou conversas com outros nomes, demonstrando a necessidade de negociar amplamente antes de qualquer decisão.
O cenário atual evidencia um Senado mais ativo e disposto a questionar indicações, o que representa uma mudança significativa no comportamento legislativo. Analistas políticos apontam que a pressão sobre Gonet durante sua sabatina pode se repetir em futuras indicações, incluindo a de Messias, exigindo uma articulação política mais robusta por parte do governo.