- A Polícia Federal prendeu Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, conhecido como “Italiano”, em operação que investiga desvios superiores a R$ 700 milhões da Conafer, com uso de empresas de fachada para lavagem de dinheiro envolvendo servidores públicos e agentes políticos.
- Investigações revelam planilhas detalhando a “prestação de contas” de propinas pagas a funcionários e políticos; codinomes “Herói A” e “Herói V” correspondem a André Fidelis e Virgílio Oliveira Filho, respectivamente, acusados de receber milhões em propinas pela omissão na fiscalização de convênios com a Conafer.
- O esquema foi dividido em três núcleos: comando, financeiro e político. O núcleo de comando era liderado por Carlos Roberto Ferreira Lopes; o operador financeiro era Cícero Santos; o núcleo político incluía o deputado Euclydes Pettersen, que teria recebido R$ 14,7 milhões para proteger o grupo.
- As planilhas mostram envio de listas de beneficiários para descontos em aposentadorias sem autorização válida, levando a um desvio de cerca de R$ 640,9 milhões para contas de operadores financeiros ligados à organização.
- Em defesa, Stefanutto afirma ter colaborado com as investigações e classificou a prisão como ilegal; Pettersen disse não ter vínculos com INSS ou Conafer e pediu apuração rigorosa; a Conafer ressalta preocupação com a nova fase da operação e mantém a presunção de inocência de citados; as investigações devem continuar.
A Polícia Federal (PF) prendeu Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, conhecido como “Italiano”, em uma operação que investiga desvios superiores a R$ 700 milhões da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). As investigações revelaram um esquema que envolvia a utilização de empresas de fachada para lavagem de dinheiro e a participação de servidores públicos e agentes políticos.
Os investigadores descobriram planilhas que detalhavam a “prestação de contas” das propinas pagas a funcionários e políticos. Entre os envolvidos, destacam-se os codinomes “Herói A” e “Herói V”, que se referem a André Fidelis e Virgílio Oliveira Filho, respectivamente. Ambos são acusados de receber milhões em propinas em troca de omissão na fiscalização de convênios com a Conafer.
Estrutura do Esquema
A PF identificou que o esquema criminoso era dividido em três núcleos: comando, financeiro e político. O núcleo de comando era liderado por Carlos Roberto Ferreira Lopes, enquanto Cícero Santos, descrito como o operador financeiro, coordenava a lavagem dos recursos. O núcleo político incluía o deputado Euclydes Pettersen, que teria recebido R$ 14,7 milhões para proteger o grupo de investigações.
As planilhas apreendidas mostram que a Conafer enviava listas de beneficiários para descontos em aposentadorias sem autorização válida, resultando em um desvio alarmante. Cerca de R$ 640,9 milhões foram desviados para contas de operadores financeiros ligados à organização.
Reações e Defesas
A defesa de Stefanutto alegou que ele colaborou com a investigação e considerou a prisão ilegal. O deputado Euclydes Pettersen também se manifestou, afirmando não ter vínculos com o INSS ou a Conafer, e pediu investigações rigorosas. A Conafer expressou preocupação com a nova fase da operação e reafirmou a presunção de inocência dos citados.
As investigações seguem em andamento, com a expectativa de que novos desdobramentos sejam revelados.