- Nova fase da Operação Sem Desconto prendeu Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), e outros; foram cumpridos 10 mandados de prisão em 15 estados, reacendendo contestações na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga fraudes no INSS.
- As investigações já ligavam fraudes previdenciárias a atores próximos ao governo; agora há maior intensidade com a análise de dados coletados para esclarecer o fluxo de recursos entre associações e empresas de fachada e identificar responsáveis políticos.
- A detenção de Stefanutto, que atuou na transição entre os governos Bolsonaro e Lula, coloca a CPMI em novo patamar de relevância política.
- Repercussões na CPMI: a prisão devolveu força à oposição, que havia perdido espaço; o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que requerimentos serão votados sem acordos prévios para expor parlamentares envolvidos.
- Respostas do governo: base governista sustenta que não há pressão; Randolfe Rodrigues (senador, PT) disse que investigações avançam com boa condução, lembrando que a maioria dos mandados envolve ex-integrantes do governo Bolsonaro; o relator Alfredo Gaspar (União-AL) aponta fluxo intenso entre associações e empresas de fachada e reforça a continuidade das apurações.
A nova fase da Operação Sem Desconto resultou na prisão do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e de outros suspeitos, elevando a pressão sobre o governo Lula. A ação da Polícia Federal cumpriu 10 mandados de prisão e ocorreu em 15 estados, reacendendo contestações políticas na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no INSS.
As investigações, que já apontavam ligações entre fraudes previdenciárias e atores próximos ao governo, agora se intensificam com a análise de dados coletados. A CPMI busca esclarecer o fluxo de recursos entre associações e empresas de fachada, além de identificar os responsáveis políticos pelo esquema. A detenção de Stefanutto, que atuou na transição entre os governos Bolsonaro e Lula, recolocou a CPMI em um novo patamar de relevância política.
Repercussões na CPMI
A prisão de Stefanutto devolveu força à oposição na CPMI, que havia perdido espaço após manobras governistas para barrar requerimentos de quebra de sigilo. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), destacou que a comissão atingiu um “ponto médio” nas apurações e que todos os requerimentos serão colocados em votação sem acordos prévios. Viana também ressaltou a importância de expor os parlamentares envolvidos no esquema.
O senador Rogério Marinho (PL-RN) afirmou que a investigação demonstra que “não há imunidade à corrupção” e que a CPMI deve avançar para identificar quem se beneficiou politicamente das fraudes. A gravidade do caso foi ressaltada por outros parlamentares, que compararam o esquema a escândalos anteriores como mensalão e petrolão, alegando que os desvios podem ter afetado bilhões destinados a benefícios sociais.
Respostas do Governo
Parlamentares da base governista negaram que a prisão de Stefanutto represente uma pressão sobre o governo. O líder do governo, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), argumentou que as investigações estão sendo conduzidas de forma eficaz e mencionou que a maioria dos mandados de prisão está relacionada a ex-integrantes do governo Bolsonaro.
Enquanto isso, o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), afirmou que as quebras de sigilo revelam um “fluxo intenso” entre associações e empresas de fachada, apontando para uma rede de corrupção que se estende por décadas. A CPMI continua a investigar as conexões entre operadores financeiros e políticos, buscando desmantelar o esquema de fraudes que comprometeu o sistema previdenciário.