- A Primeira Câmara do Tribunal de Contas da União arquivou, por unanimidade, a denúncia de funcionárias fantasmas no gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, decisão tomada na terça-feira, 11 de novembro de 2025, contrariando parecer técnico que recomendava esclarecimentos.
- O relator, ministro Jhonatan de Jesus, disse que a representação do Ministério Público Federal se baseou apenas em matérias jornalísticas e não apresentou indícios concretos, com o regimento exigindo elementos probatórios suficientes para admissão.
- Embora o processo no Tribunal de Contas da União tenha sido encerrado, a investigação do Ministério Público Federal continua, apurando danos ao erário e possível enriquecimento ilícito envolvendo Motta, a chefe de gabinete e ex-servidoras.
- Jhonatan de Jesus tem laços políticos com Motta, o que gerou questionamentos sobre a imparcialidade da decisão; a denúncia foi impulsionada por reportagens da Folha de S. Paulo sobre contratação de servidoras que ocupavam outras funções fora de Brasília.
- A decisão do TCU não encerra a questão, que permanece sob acompanhamento do Ministério Público Federal e da opinião pública.
A Primeira Câmara do Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu, por unanimidade, arquivar a denúncia que apontava a existência de funcionárias fantasmas no gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). A decisão foi tomada na última terça-feira, 11 de novembro de 2025, e contrariou o parecer técnico que recomendava a solicitação de esclarecimentos ao congressista.
O relator do caso, ministro Jhonatan de Jesus, argumentou que a representação do Ministério Público junto ao TCU se baseava apenas em matérias jornalísticas, sem apresentar indícios concretos das supostas irregularidades. O ministro destacou que o Regimento Interno do Tribunal exige elementos probatórios suficientes para que uma denúncia seja admitida.
Investigação Continua
Embora o processo no TCU tenha sido encerrado, a investigação do Ministério Público Federal (MPF) permanece ativa. O MPF está apurando possíveis danos ao erário e enriquecimento ilícito envolvendo Motta, sua chefe de gabinete e ex-servidoras.
Jhonatan de Jesus, que já foi deputado federal e líder do Republicanos, possui laços políticos com Motta, o que gerou questionamentos sobre a imparcialidade da decisão. A denúncia que resultou no processo foi impulsionada por reportagens da Folha de S.Paulo, que levantaram suspeitas sobre a contratação de servidoras que ocupavam outras funções fora de Brasília, sugerindo a ausência no exercício das funções parlamentares.
A decisão do TCU, portanto, não encerra a questão, que continua a ser acompanhada de perto pelo MPF e pela opinião pública.