- A Polícia Federal desvendou um esquema de fraude milionária no INSS envolvendo desvio de recursos de aposentadorias e pensões, com planilhas de propina que associavam políticos e servidores a codinomes como “Italiano” e “Heróis”, incluindo Alessandro Stefanutto e Euclydes Pettersen.
- O dinheiro era movimentado por empresas de fachada; a Conafer teria enviado listas ao INSS para descontos em folhas de pagamento sem autorização. Dos R$ 708 milhões recebidos pela entidade, cerca de R$ 641 milhões teriam sido desviados.
- O esquema foi dividido em três núcleos: comando (liderado pelo presidente da Conafer), financeiro (lavagem de dinheiro) e político (Pettersen) protegendo as ações; Pettersen teria recebido R$ 14,7 milhões.
- Além de Stefanutto e Pettersen, foram identificados Virgílio Oliveira Filho (ex-procurador do INSS) e um ex-diretor de benefícios; as defesas contestam a ilegalidade da prisão e os vínculos ilícitos, enquanto a Conafer classifica as acusações como cortina de fumaça.
A Polícia Federal desvendou um esquema de fraude milionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), envolvendo desvio de recursos de aposentadorias e pensões. A operação revelou planilhas de propina que identificavam políticos e servidores com codinomes como “Italiano” e “Heróis”. Entre os envolvidos, está o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e o deputado federal Euclydes Pettersen.
As investigações apontam que a contabilidade paralela detalhava a movimentação de dinheiro desviado, que era ocultado por meio de empresas de fachada. A Confederação Nacional de Agricultores Familiares (Conafer) teria enviado listas ao INSS para descontos em folhas de pagamento, muitas vezes sem autorização. Dos R$ 708 milhões recebidos pela entidade, cerca de R$ 641 milhões foram desviados.
Detalhes da Operação
O esquema era dividido em três núcleos. O “núcleo de comando”, liderado pelo presidente da Conafer, articulava as fraudes. O “núcleo financeiro” cuidava da lavagem do dinheiro, enquanto o “núcleo político”, que inclui Pettersen, protegia o esquema de investigações. Citações revelam que Pettersen, apelidado de “Herói E”, recebeu R$ 14,7 milhões.
Além de Stefanutto e Pettersen, outros nomes foram identificados, como o ex-procurador do INSS, Virgílio Oliveira Filho, e um ex-diretor de benefícios. A defesa de Stefanutto alega que sua prisão é ilegal, pois ele colabora com as investigações. Pettersen nega qualquer vínculo ilícito, enquanto a Conafer considera as acusações uma “cortina de fumaça” que prejudica suas atividades e famílias dependentes.