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Lúcio de Castro denuncia abutres e jornalismo-manjo diante de tragédia iminente

Abutres midiáticos miram Plata; a semana expõe a monetização da intimidade e o risco de tragédias semelhantes à de Diana

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Árbitro expulsa Gonzalo Plata em Racing x Flamengo (Foto: Luis Robayo / AFP)
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  • A ética no jornalismo enfrenta uma crise, com monetização prevalecendo sobre responsabilidade social, ilustrada pelo caso de Gonzalo Plata, que após a expulsão virou alvo de linchamento midiático e de debates morais para gerar cliques.
  • O conceito de jornalismo-manja se intensifica, transformando pessoas em mercadorias e levantando preocupações por danos passados, como a morte da princesa Diana em 1997.
  • O jornalista Lúcio de Castro sustenta que o desempenho esportivo deve ser coberto, mas a vida pessoal não pode ser alvo, pois há direito à privacidade garantido pela constituição.
  • A cobertura sensacionalista contribui para a despolitização e para um ambiente de ódio, desviando atenção de problemas reais do esporte, como corrupção nas administrações esportivas; o jornalismo deveria fiscalizar o poder.
  • O atual clamor por Plata serve de alerta de que o linchamento midiático pode ter consequências trágicas; a mídia precisa refletir, buscar equilíbrio entre informar e respeitar a dignidade humana.

A ética no jornalismo enfrenta um momento crítico, onde a busca pela monetização prevalece sobre a responsabilidade social. O recente caso de Gonzalo Plata, jogador do Flamengo, exemplifica essa realidade. Após sua expulsão em um jogo, o atleta se tornou alvo de um intenso linchamento midiático, com debates moralistas que visam gerar cliques em vez de promover um diálogo construtivo.

O fenômeno do “jornalismo-manja” se intensifica, transformando pessoas em mercadorias. Essa prática, que já causou tragédias no passado, como a morte da princesa Diana em 1997, levanta preocupações sobre a falta de limites na cobertura da vida privada de figuras públicas. A lógica de monetização se sobrepõe à dignidade humana, levando a uma exposição desmedida e a um ambiente de hostilidade e ódio.

A Transformação de Pessoas em Mercadoria

O que deveria ser uma análise crítica do desempenho esportivo se transforma em um espetáculo grotesco. O autor Lúcio de Castro observa que, embora os atletas devam ser responsabilizados por seu desempenho, essa cobrança não deve se estender à sua vida pessoal. O foco excessivo em suas atividades fora do campo ignora o direito à privacidade garantido pela constituição.

A despolitização do debate público é outra consequência dessa abordagem. A cobertura sensacionalista não apenas alimenta a cultura do ódio, mas também desvia a atenção dos problemas reais que afetam o esporte, como a corrupção nas administrações esportivas. O jornalismo deveria agir como um fiscalizador do poder, mas, ao invés disso, se torna cúmplice na degradação do debate.

Risco de Tragédias Repetidas

O recente clamor por Plata é um alerta. O autor destaca que, assim como ocorreu no passado, o linchamento midiático pode levar a consequências trágicas. O ambiente hostil criado por esse tipo de cobertura pode culminar em situações extremas, como perseguições e ameaças. É essencial que a mídia reflita sobre seus métodos e busque um equilíbrio entre informar e respeitar a dignidade humana.

A história do jornalismo está repleta de lições sobre os perigos da exploração da vida privada em nome do lucro. A sociedade deve se unir para exigir um jornalismo ético, que respeite os direitos individuais e promova um debate saudável, sem sacrificar a integridade das pessoas em nome de cliques.

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