- A aprovação de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR) por 45 a 26 acendeu alerta no governo e levou a reavaliação da indicação de Jorge Messias para o STF, com resistência crescente no Senado.
- O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, tem sido opositor da candidatura de Messias, avisando sobre dificuldades de aprovação e provocando o retomar de negociações para ampliar o apoio.
- Nomes como Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado, e Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), aparecem como alternativas viáveis para a vaga no STF.
- Lula pretende reunir-se com lideranças e com os cotados para alinhar apoios e só anunciar a indicação quando houver garantia de aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário.
- A atuação mais firme do Senado indica que sabatinas não serão automáticas, exigindo maior articulação política do Palácio do Planalto e evidenciando fissuras na base governista.
A recente aprovação de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR) acendeu um alerta no governo. O placar apertado de 45 a 26 indica fragilidade na base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, forçando-o a reavaliar a indicação de seu favorito para o Supremo Tribunal Federal (STF), Jorge Messias. O cenário em Brasília se agravou, uma vez que Messias enfrenta resistência crescente no Senado.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, tem sido um dos principais opositores à candidatura de Messias, alertando Lula sobre as dificuldades de aprovação. Com isso, o governo decidiu retomar as negociações para ampliar o apoio necessário. O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), surgem como alternativas viáveis para a vaga no STF.
Reuniões Estratégicas
Lula planeja se reunir com líderes e os cotados para discutir a situação. O objetivo é garantir um apoio sólido antes de formalizar a indicação. A estratégia do Palácio do Planalto é avançar apenas quando houver certeza de aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário do Senado.
A mudança na dinâmica das sabatinas reflete um Senado mais ativo e exigente, disposto a exercer seu protagonismo nas indicações do Executivo. Essa nova postura indica que a aprovação de nomes para o sistema de Justiça não será mais automática, exigindo maior articulação política do governo. A situação atual revela fissuras na base governista e um custo político mais elevado para aprovar as indicações.