- Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU) investigam esquema de superfaturamento com a Life Tecnologia Educacional, que firmou contratos de aproximadamente R$ 111 milhões com prefeituras do interior de São Paulo; operação Coffee Break deflagrada na quarta-feira, 12, resultando em 50 mandados de busca e apreensão e prisões preventivas.
- Os contratos são ligados à venda de livros e materiais escolares; há indícios de compra a preços baixos e venda a valores até trinta e cinco vezes maiores, além de lavagem de dinheiro, uso de empresas de fachada e pagamentos fracionados; parte dos valores movimentados em dinheiro vivo.
- Entre os alvos da operação estão Carla Ariane Trindade, ex-nora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e Kalil Bittar, ex-sócio de Fábio Luís da Silva (Lulinha).
- O capital social da Life subiria de R$ 300 mil para R$ 34 milhões em menos de dois anos, e há contratos assinados antes da aquisição dos livros, sugerindo montagem artificial de licitações.
- Parte dos pagamentos, estimada em cerca de R$ 10 milhões, foi efetuada em espécie, com uso de doleiros para ocultar a origem dos recursos; a PF investiga ainda o destino dos recursos desviados, incluindo imóveis, contas no exterior e criptomoedas.
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) estão investigando um esquema de superfaturamento envolvendo a empresa Life Tecnologia Educacional, que firmou contratos de aproximadamente R$ 111 milhões com prefeituras do interior de São Paulo. A operação, chamada de Coffee Break, foi deflagrada na quarta-feira, 12, e resultou em 50 mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas.
Os contratos investigados estão relacionados à venda de livros e materiais escolares, com indícios de que a Life comprava os produtos a preços baixos e os revendia a valores até 35 vezes superiores. A PF identificou práticas de lavagem de dinheiro, uso de empresas de fachada e pagamentos fracionados, com parte dos valores sendo movimentada em dinheiro vivo. Entre os alvos da operação estão Carla Ariane Trindade, ex-nora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e Kalil Bittar, ex-sócio de Fábio Luís da Silva, conhecido como Lulinha.
Detalhes da Operação
A investigação revela que alguns contratos foram assinados antes mesmo da aquisição dos livros, sugerindo montagem artificial das licitações. O capital social da Life aumentou de R$ 300 mil para R$ 34 milhões em menos de dois anos, o que levanta mais suspeitas sobre a legalidade das operações. Parte dos pagamentos, estimados em R$ 10 milhões, foi realizada em espécie, com o uso de doleiros para ocultar a origem dos recursos.
O nome da operação, Coffee Break, refere-se a uma prática em que a palavra “café” era utilizada como senha para a propina. A PF continua a investigar o destino dos recursos desviados, que podem incluir imóveis, contas no exterior e criptomoedas. O caso destaca a necessidade de maior fiscalização na aplicação de recursos da educação municipal e pode ter repercussões políticas significativas, dada a proximidade dos envolvidos com a família do presidente.